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Desafios virais nas redes sociais geram polêmica sobre segurança e ética

Desafios virais nas redes sociais, inspirados no "Topa Tudo por Dinheiro", levantam questões sobre segurança e ética. Entenda os riscos.

Giulia Duzzi foi parada na rua pelo criador de conteúdo Ilan Kriger e ganhou um tênis de prêmio (Foto: Alex Silva/Estadão)

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O programa "Topa Tudo por Dinheiro", apresentado por Silvio Santos, fez sucesso nos anos 90 e 2000, oferecendo desafios a desconhecidos em troca de recompensas financeiras. Essa dinâmica foi recentemente replicada por influenciadores nas redes sociais, levantando questões sobre segurança, ética e legalidade.

Nos últimos meses, vídeos de desafios virais, onde grandes quantias em dinheiro são oferecidas a desconhecidos, ganharam destaque. Um influenciador, por exemplo, ofereceu R$ 50 mil para pessoas que aceitassem raspar o cabelo e as sobrancelhas. Apesar de alguns participantes alegarem que os vídeos eram falsos, o conteúdo gerou grande engajamento.

João Finamor, professor de marketing digital, observa que essa tendência conecta-se com a cultura de desafios, semelhante a jogos de verdade ou consequência. Criadores de conteúdo abordam desconhecidos em locais públicos, como em São Paulo, onde uma estudante aceitou um desafio e ganhou R$ 1.220 por permanecer em uma posição inusitada.

Ilan Kriger, conhecido como "moço do ‘te amo’", acumula milhões de seguidores e se especializou em desafios que buscam ser divertidos e saudáveis. Ele explica que suas receitas vêm de visualizações e parcerias com marcas, que permitem a distribuição de prêmios em dinheiro.

O advogado Renato Opice Blum alerta para os riscos legais desses desafios. Ele afirma que, se as ações não causarem dano físico ou psicológico, podem ser aceitáveis, mas ressalta que a exploração comercial da imagem sem autorização prévia é problemática. A exposição de menores de idade também é uma preocupação, com recomendações para evitar gravações que possam resultar em processos judiciais.

Além disso, a segurança dos participantes é uma questão importante. A estudante que ganhou R$ 1.220 se sentiu vulnerável ao receber o dinheiro em um local movimentado. As plataformas de redes sociais, como TikTok e Meta, não comentaram sobre as implicações legais desses conteúdos.

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