07 de jun 2025
A inteligência artificial transforma o mercado de pornografia e redefine a intimidade
A ascensão da inteligência artificial pode redefinir a pornografia, criando influenciadores virtuais que substituem criadores humanos.
Foto: Reprodução
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A indústria da pornografia enfrenta uma transformação significativa com a ascensão da inteligência artificial (IA). A Playboy, tradicionalmente um ícone do setor, foi superada pelo digital, e o OnlyFans, que gerou US$ 5,6 bilhões para seus criadores em 2022, pode estar prestes a passar por mudanças drásticas. A IA está começando a substituir criadores humanos, criando "influencers virtuais" que oferecem experiências personalizadas e interativas.
Essas novas influenciadoras, moldadas por algoritmos, podem ser programadas para atender a preferências específicas, oferecendo uma experiência mais "íntima" do que a pornografia tradicional. Com ferramentas como Stable Diffusion e DALL·E, qualquer um pode criar uma influencer virtual que não precisa de descanso ou negociação, tornando-se uma alternativa viável para os consumidores.
Pesquisas indicam que os homens, especialmente os mais jovens, estão se relacionando menos e buscando novas formas de intimidade. Mais de 60% dos homens com menos de 30 anos estão solteiros, e muitos não tiveram relações sexuais no último ano. A pornografia tradicional não satisfaz mais a demanda por experiências emocionais e personalizadas.
O Futuro da Indústria
O surgimento de modelos de IA que geram conteúdo em larga escala pressiona todo o ecossistema de criação. Essas tecnologias podem produzir milhares de conteúdos diariamente, otimizados em tempo real, drenando a atenção dos usuários. Startups estão surgindo para explorar esse novo mercado, onde a fantasia se torna um produto sem a necessidade de um corpo físico.
Esse cenário apresenta desafios e oportunidades para marcas. Como vender desejo em um mundo onde ele é programável? As empresas precisarão se adaptar a esse novo comportamento do consumidor, que busca experiências mais interativas e personalizadas. Nos próximos anos, é provável que surjam "estrelas pornô" totalmente digitais, faturando milhões sem existir fisicamente.
A IA não apenas transforma a pornografia, mas redefine conceitos de intimidade e conexão no capitalismo digital. As marcas devem navegar esse novo terreno com ética e criatividade, enquanto a sociedade enfrenta a questão: "Se a fantasia pode ser feita sob medida, para que precisamos do real?"
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