Paparazzi é condenada por chantagem e extorsão de celebridades na França

Um tribunal de Paris condenou Mimi Marchand, figura proeminente da imprensa de celebridades na França, a 18 meses de prisão com sursis por chantagear a apresentadora Karine Le Marchand. Além da pena, Marchand foi multada em 25 mil euros, cerca de R$ 161 mil. A defesa já anunciou que irá recorrer da decisão.

Os eventos que levaram à condenação ocorreram em fevereiro de 2020. Na ocasião, Marchand afirmou ter pago um fotógrafo para evitar a divulgação de fotos da filha de Le Marchand saindo de uma delegacia. A apresentadora, acreditando na ameaça, pagou 1.600 euros a Marchand. Durante o julgamento, a ré admitiu que as imagens foram tiradas por um fotógrafo de sua própria agência, a BestImage.

Detalhes do Caso

O tribunal destacou que Marchand utilizou sua rede de contatos para obter favores, demonstrando desprezo pelas vítimas. A apresentadora se sentiu em dívida com Marchand, que a fez acreditar que as imagens poderiam ser divulgadas, mesmo sendo a filha menor de idade na época. A sentença foi considerada mais severa do que a solicitada pelo Ministério Público.

Antes de enfrentar problemas legais, Marchand teve uma carreira marcada por conexões com figuras políticas, incluindo o presidente Emmanuel Macron e o ex-presidente Nicolas Sarkozy. Sua trajetória inclui passagens pela prisão nos anos 1980 e 1990, relacionadas a crimes como tráfico de drogas e associação com atividades ilícitas.

A condenação de Marchand levanta questões sobre a ética na imprensa de celebridades e o uso de práticas questionáveis para obter informações. O desdobramento do caso e o recurso da defesa devem ser acompanhados de perto, dada a notoriedade da ré e suas ligações com o mundo político e social francês.