14 de jan 2025
Brasileiros reagem à crítica de Le Monde e defendem Fernanda Torres em redes sociais
O filme "Ainda estou aqui" de Walter Salles recebeu críticas mistas, destacando a negativa do Le Monde. A crítica de Jacques Mandelbaum desmereceu a atuação de Fernanda Torres, gerando revolta nas redes sociais. Brasileiros atacaram o Le Monde, exaltando o filme e defendendo a atriz vencedora do Globo de Ouro. Apesar da crítica negativa, outros veículos franceses elogiaram o filme por sua profundidade histórica. A obra aborda a ditadura militar, refletindo sobre autoritarismo e a importância da memória na sociedade.
"Ainda estou aqui" estreia nos cinemas franceses (Foto: Divulgação)
Ouvir a notícia:
Brasileiros reagem à crítica de Le Monde e defendem Fernanda Torres em redes sociais
Ouvir a notícia
Brasileiros reagem à crítica de Le Monde e defendem Fernanda Torres em redes sociais - Brasileiros reagem à crítica de Le Monde e defendem Fernanda Torres em redes sociais
A crítica negativa ao filme "Ainda estou aqui", publicada no jornal francês Le Monde, gerou descontentamento entre os brasileiros. O crítico Jacques Mandelbaum descreveu a atuação de Fernanda Torres como "passavelmente monocórdica" e criticou o enfoque na personagem Eunice Paiva, sugerindo que o filme não abordou adequadamente o totalitarismo. Após a divulgação da crítica nas redes sociais, muitos brasileiros expressaram sua indignação, inundando os comentários do Le Monde com ironias e defesas da atriz, que é vencedora do Globo de Ouro. Alguns internautas também atacaram o filme francês "Emilia Pérez", que concorre ao prêmio de melhor filme internacional.
Apesar da crítica negativa, "Ainda estou aqui" recebeu elogios de outros veículos franceses. O Libération destacou a força emocional do filme, enquanto a Cahiers du Cinéma o descreveu como uma obra sutil que reafirma a importância da transmissão de memórias. O Le Figaro elogiou a narrativa histórica, e o Positif o considerou intimista e universal. A Le Nouvel Obs classificou o filme como o melhor de Walter Salles, ressaltando sua abordagem sobre a memória e os fantasmas dos desaparecidos.
A atuação de Fernanda Torres e a direção de Walter Salles foram elogiadas por sua capacidade de retratar os horrores da ditadura militar brasileira. O filme explora a invasão da casa dos Paiva por agentes da ditadura, simbolizando a brutalidade do autoritarismo. A narrativa transita entre momentos de alegria e a sombria realidade da prisão, culminando em um reencontro familiar que representa a vitória da casa e da família sobre a opressão.
A crítica também levanta questões sobre a memória e o esquecimento na sociedade brasileira, refletindo sobre a importância de recordar eventos históricos e suas implicações. O filme, ao abordar a intimidade e a segurança do lar em contraste com a violência externa, provoca uma reflexão sobre a condição humana e os desafios da democracia no Brasil contemporâneo.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.