15 de fev 2025
Cúpula militar elogia filme “Ainda estou aqui” e revela resistência na caserna
O filme "Ainda estou aqui" já atraiu mais de 4 milhões de espectadores no Brasil. Integrantes da cúpula das Forças Armadas elogiaram a produção, mas pediram anonimato. Eles enfrentam resistência por não apoiarem um novo golpe após a derrota de Jair Bolsonaro. A trama aborda a busca de Eunice Paiva por justiça pelo desaparecimento do marido. O filme concorre ao Oscar em três categorias, incluindo melhor atriz para Fernanda Torres.
Fernanda Torres e Walter Salles nos bastidores de 'Ainda estou aqui' (Foto: Divulgação)
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Mais de 4 milhões de espectadores no Brasil já assistiram ao filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres. Entre os admiradores da produção estão integrantes da cúpula das Forças Armadas, que solicitaram que seus nomes fossem mantidos em sigilo para evitar “acirrar o clima de polarização”. Esses militares relataram que enfrentam resistência e ataques de parte da população e de membros das Forças, especialmente da reserva, por não terem apoiado um novo golpe de Estado após a derrota de Jair Bolsonaro.
Os militares reconhecem que, embora o filme seja considerado “importante”, o tema é delicado dentro da caserna. A obra narra a história de Eunice Paiva, uma advogada e ativista que busca justiça pelo desaparecimento de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. A coluna ouviu membros da cúpula da Aeronáutica e do Exército, que não contestaram os fatos históricos retratados no filme.
Uma cena que chamou a atenção de um militar de alta patente foi a detenção de Eunice Paiva por 12 dias no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna), no Rio de Janeiro. Essa representação do sofrimento e da luta pela verdade ressoou entre os oficiais, que reconhecem a relevância do filme para a memória histórica do país.
“Ainda estou aqui” está concorrendo ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor filme estrangeiro e melhor atriz, com Fernanda Torres sendo a indicada. A produção tem gerado discussões sobre a memória da ditadura e o papel das Forças Armadas na sociedade contemporânea.
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