23 de jan 2025
Polêmica sobre uso de inteligência artificial marca indicações ao Oscar 2025
"Emília Pérez" lidera indicações ao Oscar 2025 com 13, gerando polêmica por IA. O filme usou IA para aprimorar a voz da protagonista Karla Sofía Gáscon. "O Brutalista" recebeu 10 indicações e utilizou IA para sotaque húngaro. Críticas à IA surgem em meio a greves de Hollywood sobre proteção criativa. Ambas produções refletem tensões sobre o uso de IA na indústria cinematográfica.
Karla Sofía Gascón no filme 'Emilia Pérez' (Foto: //Divulgação)
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O filme Emília Pérez se destaca na temporada de premiações de 2025, liderando as indicações ao Oscar com um total de 13 categorias. A produção francesa, dirigida por Jacques Audiard, tem gerado controvérsias por retratar cartéis de drogas mexicanos com um elenco predominantemente europeu e americano. Além disso, o uso de inteligência artificial para aprimorar a performance vocal da protagonista, Karla Sofía Gáscon, tem sido um ponto de discórdia, especialmente após a revelação de que a tecnologia Respeecher foi utilizada para melhorar suas cenas de canto.
Por outro lado, o filme O Brutalista, que também enfrenta críticas semelhantes, recebeu 10 indicações ao Oscar. O drama, que narra a história de um arquiteto húngaro-judeu que emigra para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, utilizou IA para aperfeiçoar o sotaque dos atores e para criar imagens no epílogo. O editor do filme, Dávid Jancsó, afirmou que a tecnologia foi empregada com o consentimento dos atores, mas a polêmica persiste, especialmente em um contexto onde o uso de IA é um tema sensível na indústria cinematográfica.
Ambos os filmes têm gerado discussões sobre o impacto da inteligência artificial na atuação e na produção cinematográfica. Durante as greves de Hollywood em 2023, a proteção contra o uso de IA foi uma das principais reivindicações dos profissionais da indústria. Apesar das críticas, a presença de Emília Pérez e O Brutalista entre os principais indicados sugere que os votantes podem não ter se oposto ao uso da tecnologia, ou simplesmente não estavam cientes de sua aplicação.
As polêmicas em torno do uso de IA em Emília Pérez e O Brutalista refletem um debate mais amplo sobre a ética e a criatividade na produção cinematográfica. Enquanto alguns defendem a inovação tecnológica como uma ferramenta que pode enriquecer a narrativa, outros expressam preocupações sobre a autenticidade e a integridade das performances. O desfecho dessas discussões pode influenciar não apenas os resultados do Oscar, mas também o futuro da indústria do cinema.
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