Entretenimento

Nicole Kidman e a relação sadomasoquista em ‘Babygirl’ geram debates entre espectadoras maduras

O filme "Babygirl", com Nicole Kidman, aborda relações intergeracionais e BDSM. Quatro mulheres em Madrid criticaram a obra por ser convencional e superficial. Apesar das falhas, o filme provoca discussões sobre sexualidade feminina e tabus. A diretora Halina Reijn busca explorar o lado sombrio da sexualidade feminina. A recepção do filme reflete a luta contra o ageísmo e a busca por representatividade.

Nicole Kidman e Harris Dickinson em uma cena de 'Babygirl'. (Foto: A24)

Nicole Kidman e Harris Dickinson em uma cena de 'Babygirl'. (Foto: A24)

Ouvir a notícia

Nicole Kidman e a relação sadomasoquista em ‘Babygirl’ geram debates entre espectadoras maduras - Nicole Kidman e a relação sadomasoquista em ‘Babygirl’ geram debates entre espectadoras maduras

0:000:00

Quatro mulheres, com idades entre 54 e 64 anos, se reuniram em um cinema de Madrid para assistir ao filme "Babygirl", estrelado por Nicole Kidman, que interpreta uma executiva em um relacionamento sadomasoquista com um estagiário 30 anos mais jovem. Apesar de ser um dos lançamentos mais comentados das festividades de fim de ano nos Estados Unidos, as espectadoras saíram decepcionadas, considerando o filme "convencional". A trama, que inverte estereótipos ao colocar uma mulher em posição de poder, não conseguiu escandalizá-las, mas levantou discussões sobre a representação da sexualidade feminina.

As opiniões sobre o filme foram variadas. Cristina, técnica de produção teatral, destacou que, apesar de abordar questões interessantes, a resolução da história foi insatisfatória. Carmen, atriz, descreveu o filme como um "curto alargado", enquanto Henar, estudante de psicanálise, elogiou a forma como a obra trata as fantasias femininas e a sexualidade após os 50 anos. Regina, restauradora, notou que a diferença de idade entre os protagonistas é um tema já normalizado na sociedade atual, refletindo uma mudança nas dinâmicas de relacionamentos.

A análise do filme também tocou em temas como a pressão social sobre as mulheres em posições de poder e a falta de representatividade feminina no cinema. Dados do Centro de Estudos de Mulheres em Cinema e Televisão da Universidade de San Diego revelam que, em 2024, apenas 23% dos diretores e roteiristas das 250 maiores bilheteiras de Hollywood eram mulheres. As espectadoras concordaram que, embora a idade de Kidman seja visível, a trama não diminui sua libido, e a representação do sadomasoquismo foi considerada leve e até cômica.

Por fim, as mulheres refletiram sobre a mensagem do filme, que, segundo algumas, não é totalmente libertadora. Eva, funcionária pública, e Concha, que assistiu ao filme sozinha, notaram que a protagonista, apesar de suas experiências, continua a sofrer e se sentir isolada. A diretora Halina Reijn afirmou que "Babygirl" é uma carta para aceitar os aspectos mais sombrios de si mesma, mas as espectadoras questionaram se a mensagem realmente ressoava com a realidade das mulheres. A discussão sobre a sexualidade e o empoderamento feminino continua a ser um tema relevante e complexo no cinema contemporâneo.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela