Entretenimento

Canções de 'Ainda estou aqui' revelam a resistência cultural dos anos 70 no Brasil

O filme "Ainda estou aqui" retrata os anos 70 no Brasil, com trilha sonora coletiva. A canção "É preciso dar um jeito, meu amigo" teve acessos aumentados em 455%. Walter Salles defende a liberdade criativa nas escolhas musicais do filme. A música reflete a resiliência cultural e a jornada dos personagens. O licenciamento da canção foi feito antes da morte de Erasmo Carlos em 2022.

Selton Mello e Fernanda Torres em cena de 'Ainda estou aqui' (Foto: Divulgação / Alile Dara Onawale)

Selton Mello e Fernanda Torres em cena de 'Ainda estou aqui' (Foto: Divulgação / Alile Dara Onawale)

Ouvir a notícia

Canções de 'Ainda estou aqui' revelam a resistência cultural dos anos 70 no Brasil - Canções de 'Ainda estou aqui' revelam a resistência cultural dos anos 70 no Brasil

0:000:00

A trilha sonora do filme “Ainda estou aqui” é um elemento crucial para evocar a atmosfera dos anos 70 no Brasil, embora algumas escolhas musicais tenham gerado questionamentos. O diretor Walter Salles menciona que, apesar de o disco “Caetano Veloso” ter sido lançado em 1970, sua capa foi utilizada em uma cena ambientada em janeiro de 1971. Além disso, a música “Agoniza mas não morre”, de Nelson Sargento, que aparece durante a prisão de Eunice Paiva, foi composta em 1978, levantando dúvidas sobre a precisão temporal.

Salles explica que a inclusão de “Agoniza mas não morre” reflete a solidão de Eunice em sua cela, sendo um ponto de inflexão no filme. A trilha sonora foi elaborada de forma coletiva, com contribuições do montador Affonso Gonçalves e dos roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega. Canções como “Jimmy, renda-se”, de Tom Zé, e “Take me back to Piauí”, de Juca Chaves, foram escolhidas para enriquecer a narrativa, enquanto artistas como Tim Maia e Roberto Carlos também fazem parte do contexto musical apresentado.

A música “É preciso dar um jeito, meu amigo”, de Erasmo Carlos, destaca-se na trilha, com uma gravação original de 1971. Gonçalves, fã do artista, acredita que a canção complementa a cena em que Rubens reflete sobre a situação do país. A letra, que aborda a vergonha e a necessidade de ação, dialoga com os temas do filme, segundo Salles, que ressalta a capacidade da música popular de expressar a identidade nacional.

A redescoberta de “É preciso dar um jeito, meu amigo” se assemelha ao que ocorreu com “Vapor barato”, de Jards Macalé e Waly Salomão, em 1995. No entanto, a atualidade das plataformas de streaming, como o Spotify, tem potencializado o alcance das músicas. O filho de Erasmo, Léo Esteves, relata um aumento de 455% nos acessos desde o lançamento do filme, evidenciando o impacto da obra na valorização do legado musical do artista.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela