02 de mar 2025
Emilia Pérez enfrenta polêmicas que ameaçam sua trajetória no Oscar 2025
O filme *Emilia Pérez* recebeu 13 indicações ao Oscar, mas enfrenta polêmicas. Karla Sofía Gascón, primeira atriz trans indicada, teve postagens ofensivas reveladas. A Netflix se distanciou da campanha de premiações após a controvérsia. Críticas apontam que o filme trivializa a violência no México e falha na representação. Apesar das polêmicas, *Emilia Pérez* conquistou apenas duas estatuetas no Oscar.
O diretor de “Emilia Pérez”, Jacques Audiard, e a estrela Karla Sofía Gascón em um evento na Colômbia em janeiro (Foto: Raul Arboleda/Agência France-Presse)
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A estreia de Emilia Pérez no Festival de Cannes em maio de 2024 foi marcada por aclamação, resultando no Prêmio do Júri e no compartilhamento do prêmio de melhor atriz entre suas estrelas, incluindo Karla Sofía Gascón e Selena Gomez. A produção, um musical em espanhol sobre um chefe de cartel que se transforma em mulher, foi adquirida pela Netflix, que lançou uma intensa campanha para o Oscar. No entanto, a trajetória do filme rumo à premiação foi prejudicada por polêmicas envolvendo Gascón, que se tornou a primeira atriz trans a ser indicada ao Oscar, mas enfrentou críticas por postagens ofensivas em redes sociais.
As controvérsias começaram quando a jornalista Sarah Hagi revelou tweets antigos de Gascón, que continham comentários considerados racistas e xenofóbicos. Após a repercussão, a atriz pediu desculpas e deletou sua conta na plataforma X. A Netflix se distanciou da campanha de premiações, excluindo Gascón de materiais promocionais. O diretor Jacques Audiard também se manifestou, chamando os comentários da atriz de "indefensáveis" e expressando preocupação com sua postura. A polêmica surgiu em um momento crítico, com a votação final do Oscar se aproximando.
Além das questões relacionadas a Gascón, o filme enfrentou críticas por sua representação do México e da comunidade trans. A falta de talentos mexicanos no elenco e a abordagem do diretor foram alvo de reprovação, com críticos afirmando que o filme banaliza a violência no país. A GLAAD criticou a obra como um retrocesso na representação trans, destacando problemas na narrativa. Em resposta, a ativista Camila Aurora produziu um curta-metragem satírico que contrasta com a visão de Audiard.
No entanto, Zoe Saldaña, que interpreta uma advogada no filme, defendeu o projeto, afirmando que a arte provoca discussões e que o filme não é uma representação literal do México. Apesar das polêmicas, Emilia Pérez conquistou duas estatuetas no Oscar 2025, mas saiu com um número considerável de derrotas, refletindo uma tendência de filmes de streaming com várias indicações, mas poucas vitórias. A campanha de Saldaña foi discreta, mas eficaz, permitindo que ela se destacasse sem ser associada às controvérsias que cercavam o filme.
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