Grand Tour: a jornada mágica de Miguel Gomes entre passado e presente

"Grand Tour" é uma obra cinematográfica que mistura ficção e documentário, explorando a intersecção entre passado e presente. O filme, dirigido por Miguel Gomes, é uma jornada que remete ao imaginário melancólico de "Tabú" (2012), onde a narrativa se desdobra em duas linhas temporais que, a princípio, parecem paralelas. A história central gira em torno de Edward, um inglês que decide abandonar sua prometida, Molly, e se afastar em uma viagem pelo sudeste asiático, enquanto ela o persegue.

Filmado em preto e branco, "Grand Tour" evoca a estética das antigas ficções, utilizando cenários que remetem a uma fantasia nostálgica. A trama é inspirada em um trecho de "Céu de Oriente", de W. Somerset Maugham, e se desenrola em locais como Myanmar, Vietnam, Filipinas, Tailândia, Japão e China. Gomes entrelaça elementos documentais à narrativa ficcional, criando um espaço único que transcende o tempo.

O filme apresenta uma beleza arrebatadora, misturando humor e tristeza, enquanto Gomes captura a essência de lugares que, reais ou não, possuem uma qualidade espectral. Em uma cena marcante, ele destaca uma roda-gigante manual em Myanmar, simbolizando a atemporalidade do espaço. A obra, que conquistou o prêmio de melhor direção em Cannes, promete uma experiência cinematográfica rica e envolvente.

"Grand Tour" tem duração de 129 minutos e estreia em 7 de março de 2024. O elenco conta com Gonçalo Waddington, Crista Alfaiate, CJani Zhao, João Pedro Vaz e Teresa Madruga.