A temporada final de ‘The Handmaid’s Tale’ traz reflexões sobre direitos das mulheres e política atual

Série "The Handmaid's Tale" chega ao fim em meio a debates políticos nos EUA

A temporada final da série "The Handmaid's Tale", baseada no romance distópico de Margaret Atwood, estreou na Paramount+ com dez episódios. A produção acompanha a luta de June contra o regime totalitário de Gilead e reflete o atual cenário político dos Estados Unidos.

A série, lançada em 2017, ganhou simbolismo como resistência após a eleição de Donald Trump, especialmente em relação aos direitos das mulheres e ao tema do aborto. As personagens escravizadas de Gilead tornaram-se ícones em movimentos de oposição ao ex-presidente.

A nova temporada apresenta June em fuga pelo país, após escapar de Gilead. A narrativa mostra um cenário em que apenas dois estados americanos, Alasca e Havaí, permanecem sob o governo federal, abrigando campos de refugiados.

O retorno de Trump ao debate político e os ataques ao discurso feminista reforçam os paralelos entre a ficção e a realidade. Manifestantes vestindo os figurinos da série voltaram a aparecer em protestos nos EUA, evidenciando a influência da produção.

A atriz Yvonne Strahovski, que interpreta Serena Waterford, ganha destaque na temporada final. A personagem, antes antagonista, apresenta novas nuances e levanta a questão de uma possível redenção. A performance da atriz é considerada um dos pontos fortes da produção.

A trama, no entanto, demonstra sinais de desgaste, com a jornada repetitiva de June em busca de suas filhas. A dificuldade dos roteiristas em manter a motivação da protagonista é apontada como um dos desafios da temporada. Apesar disso, a série mantém a qualidade da produção e o elenco de destaque.