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Quatro atores que passaram dos limites em suas preparações para os papéis

A dedicação extrema de alguns atores redefine os limites da atuação. Descubra as transformações mais impactantes do cinema.

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Levando suas transformações físicas, psicológicas e comportamentais a níveis extremos, alguns atores mostraram como dar vida a personagens de maneiras nunca vistas antes. A seguir, definimos o ranking de alguns dos maiores exemplos dessa dedicação sem limite, levando em conta não apenas os resultados finais, mas também os processos árduos que envolveram essas transformações.

4. Daniel Day-Lewis

Daniel é, talvez, o exemplo mais aclamado de um ator que se entrega completamente a um papel, conhecido por seu método único de atuação. Ele vivia o personagem 24 horas por dia, adotando totalmente o comportamento, sotaque, estilo de vida e até as limitações físicas do papel. Em O Último dos Moicanos, aprendeu a caçar e a viver como um indígena do século XVIII, recusando qualquer comida que não tivesse preparado. Já em Gangues de Nova York, usava roupas da época mesmo durante o frio intenso, o que o levou a contrair pneumonia, ainda assim, recusou-se a tomar remédios modernos. Em Sangue Negro, manteve a personalidade fria e isolada de seu personagem mesmo fora das cenas. E, em Lincoln, falava como o presidente o tempo todo e exigia ser tratado como tal, chegando a escrever cartas à mão, como ele faria. O nível de imersão foi tão emocionalmente desgastante que Daniel decidiu se aposentar do cinema aos 60 anos.

3. Joaquin Phoenix

Um trabalho físico e psicológico surreal. Joaquin Phoenix se transformou radicalmente para viver Arthur Fleck em Coringa (2019). O ator perdeu 23 quilos para refletir a tristeza e o desespero do personagem, impressionante, não? Mas a verdadeira transformação veio por meio de seu comportamento e voz. Phoenix desenvolveu um riso peculiar e assustador, que se tornou a marca registrada do seu Coringa. Ele trabalhou intensamente com especialistas em distúrbios mentais para criar tiques, expressões e modos de falar coerentes com alguém com múltiplas condições psicológicas. Toda essa entrega lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator em 2020, além de levar o filme a um sucesso estrondoso de bilheteria. Coringa foi um marco, mas em O Mestre (2012), Phoenix também perdeu peso e criou um personagem tenso e perturbado, com postura encurvada, tiques e uma fala arrastada. Em I'm Still Here (2010), mergulhou num experimento radical: viveu por um ano como se tivesse abandonado a carreira para virar rapper, alterando completamente sua aparência e enganando a mídia,  tudo parte de um projeto cinematográfico.

2. Heath Ledger

Mais um Coringa, desta vez em O Cavaleiro das Trevas (2008). A preparação de Heath Ledger foi intensa, solitária e profundamente criativa. Ele se isolou em um quarto de hotel por cerca de seis semanas, período no qual escreveu um diário como se fosse o próprio personagem, uma forma de mergulhar em sua mente caótica. Ledger criou uma risada única, seca e sarcástica, além de maneirismos marcantes, como passar a língua pelos lábios, hábito que surgiu para manter a prótese facial no lugar, mas que acabou virando uma característica icônica do personagem. Apesar da intensidade em cena, era gentil e profissional fora das câmeras. Sua performance foi aclamada mundialmente e, após sua morte precoce em 2008, foi homenageado com o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante em 2009. Além de Batman, Heath também se destacou por suas transformações em filmes como O Segredo de Brokeback Mountain (2005), 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999) e Ned Kelly (2003).

1. Christian Bale

Christian Bale é conhecido por sua obsessão pela transformação corporal, o que o colocou entre os maiores atores de sua geração. É mestre nas mudanças radicais: perdeu mais de 30 quilos para interpretar o atormentado protagonista de O Operário (2004), e logo depois ganhou mais de 20 quilos de músculos para viver o Batman em Batman Begins (2005). Voltou a emagrecer drasticamente para o papel de um viciado em O Vencedor (2010), que lhe rendeu um Oscar. Em Trapaça (2013), engordou cerca de 20 kg e modificou sua postura para encarnar um golpista. Em Vice (2018), novamente ganhou peso, usou próteses e ajustou sua voz e postura para se transformar em Dick Cheney. Mais do que as mudanças físicas, Bale também mergulha profundamente nos trejeitos, entonação e psicologia dos personagens, sendo considerado um dos atores mais intensos e versáteis do cinema.

Esses atores são exemplos de dedicação extrema à arte da atuação, levando a transformação de seus personagens a novos limites. E, engraçado, três dos quatro fazem parte do universo de Batman, será que o Coringa realmente tem algo a ver com essa obsessão pela perfeição na atuação?

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