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A história real dos ataques de tubarão que inspiraram o clássico de Spielberg

Ataques de tubarão em 1916 em Nova Jersey geraram pânico e influenciaram a representação da espécie na cultura popular e debates científicos.

O escritor americano Peter Benchley (1940-2006) contou aos leitores dos anos 1970 a história real passada em 1916. (Foto: Getty Images via BBC)

O escritor americano Peter Benchley (1940-2006) contou aos leitores dos anos 1970 a história real passada em 1916. (Foto: Getty Images via BBC)

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O Ataque de Tubarão em Nova Jersey

Em julho de 1916, um jovem tubarão-branco de 2,7 metros atacou cinco pessoas na costa de Nova Jersey, resultando em quatro mortes. Este evento se tornou o primeiro ataque mortal de tubarão registrado nos Estados Unidos, ofuscando as notícias da Primeira Guerra Mundial.

Os ataques ocorreram entre os dias 1º e 12 de julho, gerando pânico nas praias do Atlântico Norte durante a temporada de férias. A primeira vítima, Charles Vansant, foi atacada em Beach Haven. Inicialmente, o grito de socorro foi interpretado como uma brincadeira. A situação mudou drasticamente quando outros corpos foram encontrados, levando a um clamor público.

O Pânico e a Caça ao Tubarão

Os prefeitos da região tentaram minimizar os ataques para não prejudicar o turismo. No entanto, a pressão aumentou e cientistas foram chamados para identificar o responsável. O especialista do Museu de História Natural finalmente reconheceu o tubarão como Carcharodon carcharias, o grande tubarão-branco. A caça ao tubarão se intensificou, culminando na morte do animal por um pescador que se tornou um herói local.

Esses eventos inspiraram o romance "Tubarão", de Peter Benchley, publicado em 1974. O livro, que se tornou um sucesso mundial, retrata uma história semelhante, com um tubarão que ataca banhistas em uma fictícia Amity Island. Benchley se baseou em relatos reais, incluindo os ataques de 1916, e destacou a relação entre o medo e a proteção do turismo.

O Legado Cultural e Científico

A estreia do filme "Tubarão", de Steven Spielberg, em 1975, solidificou a imagem do tubarão-branco na cultura popular. O filme se tornou um fenômeno de bilheteira e influenciou a indústria cinematográfica. Contudo, também gerou uma percepção errônea sobre os tubarões como predadores humanos, levando a um aumento na caça e na morte de tubarões.

Cientistas, como George Burgess, criticaram a representação dos tubarões no filme, ressaltando que os ataques são raros. Apesar disso, a obra também impulsionou um movimento de conservação, promovendo a importância dos tubarões no ecossistema marinho. O debate sobre a espécie continua, com cientistas ainda discutindo se o responsável pelos ataques de 1916 foi um tubarão-branco ou um tubarão-touro, um mistério que permanece sem resposta.

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