19 de fev 2025
Rio de Janeiro lidera acesso à cultura no Brasil, revela pesquisa lançada no Museu do Amanhã
A pesquisa "Cultura nas Capitais" entrevistou 19,5 mil moradores em 2024. O Rio de Janeiro se destaca em atividades culturais, exceto dança e saraus. A MPB é o gênero musical preferido por 39% dos entrevistados cariocas. Festas juninas superam o carnaval em frequência, com 77% de participação. Escolaridade é crucial para o acesso à cultura, segundo a pesquisa.
Museu do Amanhã: equipamento promove seminário sobre a pesquisa Cultura nas Capitais (Foto: Divulgação)
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Hoje, a partir das 8h30, será lançada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, a nova edição da pesquisa Cultura nas Capitais, que analisou hábitos culturais em 26 capitais e no Distrito Federal. O levantamento, realizado pela JLeiva Cultura & Esporte, entrevistou 19,5 mil moradores e trouxe dados específicos do Rio, onde 1,5 mil pessoas foram consultadas entre fevereiro e abril de 2024. O evento contará com a presença de autoridades, como a secretária estadual de Cultura, Danielle Barros, e o diretor-geral do IDG, Ricardo Piquet.
Os resultados indicam que o Rio de Janeiro está acima ou igual à média nacional em diversas atividades culturais, exceto em eventos de dança e saraus. João Leiva, diretor da pesquisa, destacou que a escolaridade é um fator crucial para o acesso à cultura, e a cidade possui uma infraestrutura robusta de teatros e museus, ampliada nas últimas décadas. Ele sugere que, com os dados obtidos, é possível desenvolver políticas que melhorem o acesso cultural, como gratuidade e transporte.
Entre os hábitos culturais, a MPB se destacou como o gênero musical preferido por 39% dos entrevistados, superando o pagode (30%) e o gospel (25%). Embora o carnaval seja considerado o evento mais importante, 77% dos participantes relataram ter comparecido a festas juninas, que ocorrem em um período mais extenso e são mais acessíveis. Leiva sugere que a popularidade das festas juninas pode ser atribuída à sua democratização e à maior frequência em locais próximos.
A pesquisa também aponta uma retração nas atividades culturais em comparação a 2017, exceto nos jogos eletrônicos. Carla Chiamareli, da Fundação Itaú, enfatiza a importância de cruzar dados de escolaridade e renda, mostrando que a educação influencia diretamente o consumo cultural. Ela ressalta que a cultura é um direito constitucional e que o acesso deve ser garantido, destacando a necessidade de políticas públicas que integrem educação e cultura para promover um maior envolvimento nas atividades culturais.
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