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Crescimento das mulheres nos bate-bolas do Rio movimenta mais de 16 mil foliões

O cenário dos bate bolas no Rio de Janeiro está se diversificando com turmas femininas e LGBTQIA+. Vanessa Amorim fundou As Brilhetes, conquistando R$ 25 mil em edital cultural. As Empoderadas, de Nilópolis, recebeu apoio da Lei Aldir Blanc e tem data oficial para desfile. A novela "Volta por cima" destaca a evolução dos bate bolas, refletindo sua importância cultural. A tradição dos bate bolas, reconhecida como Patrimônio Cultural, agora busca expansão e profissionalização.

A cultura dos bate-bolas está na TV, na novela A volta por cima. Na foto, o grupo feminino da Pavuna QG Brilho e Brilhetes (Foto: Custodio Coimbra)

A cultura dos bate-bolas está na TV, na novela A volta por cima. Na foto, o grupo feminino da Pavuna QG Brilho e Brilhetes (Foto: Custodio Coimbra)

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A presença feminina na cultura dos bate-bolas tem crescido significativamente, com a formação de turmas independentes criadas por mulheres. Um mapeamento da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, realizado em 2022, registrou 23 turmas femininas e duas LGBTQIA+, números que continuam a aumentar. Vanessa Amorim, fundadora de As Brilhetes, um grupo que surgiu há 12 anos, destaca a importância de profissionalizar a atividade, tendo conquistado recentemente um edital de R$ 25 mil e o prêmio Fazedores de Cultura Heloneida Studart.

Outro exemplo é o grupo As Empoderadas, criado por Emilly Santos em Nilópolis, que recebeu apoio da Lei Aldir Blanc e agora tem uma data oficial para desfilar. Beatriz Martins, da turma Incomparáveis de Irajá, enfatiza a força feminina e já planejou os temas de carnaval até 2032. As integrantes, com idades entre 13 e 48 anos, buscam desmistificar a ideia de fragilidade associada às mulheres nos bate-bolas, reafirmando seu espaço na cultura.

A evolução dos bate-bolas também se reflete na adoção de novos códigos de conduta, promovendo união e ocupação de espaços culturais. A novela “Volta por cima”, da TV Globo, escrita por Claudia Souto, retrata essa tradição, que movimenta mais de 16 mil foliões no Rio. A autora ressalta que os bate-bolas são um fenômeno cultural único do subúrbio carioca, com algumas turmas existentes há mais de 30 ou 40 anos.

O reconhecimento dos bate-bolas como Patrimônio Cultural da Cidade, há treze anos, impulsionou a competitividade entre grupos. Eventos como o concurso da Riotur e encontros no Parque Oeste, organizados pela Associação Estadual Folclórica do Rio de Janeiro, são exemplos dessa nova dinâmica. Marcus Faustini, estudioso do tema, acredita que o bate-bola tem potencial de expansão e pode ser promovido como um ativo cultural e turístico do Rio de Janeiro.

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