Assassin's Creed Shadows lança patch para mitigar críticas sobre sensibilidade cultural

A Ubisoft anunciou um patch de lançamento para Assassin’s Creed Shadows, que visa responder a críticas sobre a representação de locais sagrados no Japão do século XVI. O patch tornará partes de edifícios, como templos e santuários, indestrutíveis, e os monges não mais sangrarão ao serem atacados. Essa decisão foi influenciada por comentários do Primeiro-Ministro japonês, Shigeru Ishiba, após um vídeo que mostrava um dos protagonistas, o samurai Yosuke, atacando pessoas em um santuário viralizar nas redes sociais.

O debate sobre a destruição de locais históricos no jogo ganhou destaque quando o membro da Câmara dos Conselheiros, Hiroyuki Kada, expressou preocupações sobre o impacto que isso poderia ter na vida real. Ele afirmou que "defacing a shrine is out of the question—it is an insult to the nation itself", ressaltando a importância de respeitar a cultura e a religião. O Primeiro-Ministro apoiou essa visão, enfatizando que ações que desrespeitam a cultura local devem ser evitadas.

Além das mudanças no jogo, a Ubisoft tem enfrentado desafios financeiros, com vendas decepcionantes de outros títulos, como Star Wars Outlaws e Avatar: Frontiers of Pandora. A empresa está sob pressão para garantir o sucesso de Assassin’s Creed Shadows, que já foi adiado duas vezes e é considerado crucial para a recuperação de sua situação financeira. O jogo, que atualmente possui uma pontuação de 81 no Metacritic, é elogiado por sua dinâmica e gráficos impressionantes.

Assassin’s Creed Shadows se destaca por trazer a figura de Yasuke, o samurai negro, e dois protagonistas que exploram a lenda dos shinobi. Apesar das críticas e preocupações sobre a representação cultural, a Ubisoft busca manter a essência da franquia, oferecendo uma experiência que mistura história e ação em um mundo aberto.