14 de ago 2025
Casas de leilão preenchem lacuna de US$ 3 bilhões deixada por vendas de arte em queda
Vendas de bens de luxo superam arte fina, com crescimento de 30% nas vendas da Christie’s e recorde de $10 milhões por bolsa Birkin

Aurélie Vandevoorde é vista durante a venda da bolsa Jane Birkin por €8,6 milhões de euros na Sotheby's em 10 de julho de 2025, em Paris, França. (Foto: Julien Hekimian/Getty Images)
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Recentemente, uma bolsa Hermès Birkin foi vendida por 10 milhões de dólares em um leilão da Sotheby’s em Paris, estabelecendo um novo recorde para o valor de um acessório desse tipo. Este evento destaca uma mudança significativa no mercado de leilões, que tem enfrentado uma queda nas vendas de arte fina. De acordo com a ArtTactic, as vendas de arte nas principais casas de leilão caíram 44% no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2022.
As casas de leilão, como Sotheby’s e Christie’s, estão se adaptando a essa realidade ao diversificarem suas ofertas, focando em bens de luxo. As vendas de itens como joias, vinhos e carros colecionáveis alcançaram 18,8% do total das vendas em leilões no primeiro semestre de 2024, um aumento significativo. Christie’s, por exemplo, reportou um crescimento de 30% nas vendas de luxo, totalizando 468 milhões de dólares.
Crescimento no Mercado de Luxo
O aumento nas vendas de bens de luxo é especialmente notável no Oriente Médio, onde o mercado cresceu 6% no último ano, atingindo quase 13 bilhões de dólares. Christie’s e Sotheby’s estão investindo na região, com Christie’s estabelecendo um escritório permanente na Arábia Saudita e Sotheby’s realizando seu primeiro leilão no país. Essas iniciativas visam atrair novos colecionadores e expandir sua base de clientes.
Além disso, o interesse por itens de luxo, como a bolsa Birkin, está crescendo globalmente. A Sotheby’s registrou um aumento de 40% nas vendas de bolsas online em 2025, com compradores ativos de diversas partes do mundo, incluindo Ásia e Europa. Morgane Halimi, da Sotheby’s, destacou que a venda da bolsa de Jane Birkin é um reflexo de uma tendência crescente nesse segmento.
O Futuro das Vendas de Arte e Luxo
Embora as vendas de arte fina estejam em declínio, especialistas afirmam que os mercados de arte e luxo não são mutuamente exclusivos. Rahul Kadakia, da Christie’s, observa que mais de 40% dos novos compradores em 2025 vieram através de vendas de luxo. Essa interconexão sugere que o mercado de luxo pode ser uma estratégia eficaz para revitalizar o interesse em arte.
As casas de leilão estão se preparando para um futuro onde as vendas de luxo podem se tornar ainda mais relevantes. Com um crescimento contínuo e uma base de clientes em expansão, o setor de luxo pode não apenas complementar, mas também revitalizar o mercado de arte, criando novas oportunidades para colecionadores e investidores.
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