31 de jan 2025
Marianne Faithfull luta por reconhecimento em ‘Sister Morphine’ após censura dos Stones
A capa de "Sticky Fingers" foi censurada na Espanha, alterando seu design original. A canção "Sister Morphine" foi substituída por "Let It Rock" por censura. Marianne Faithfull lutou por 23 anos para ser reconhecida como co autora da canção. Keith Richards reconheceu a influência de Faithfull em suas memórias de 2010. "Sister Morphine" aborda temas de dor e dependência, refletindo experiências pessoais de Faithfull.
Mick Jagger e Marianne Faithfull em Sydney (Austrália), em julho de 1969. Durante esta viagem, ela tentou suicídio com uma ingestão de barbitúricos. (Foto: The Sydney Morning Herald/Fairfax Media via Getty Images)
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A versão censurada do álbum Sticky Fingers dos Rolling Stones chegou à Espanha com alterações significativas. Em vez da icônica capa de Andy Warhol, que apresentava uma pelvis masculina em calças jeans, foi utilizada uma imagem de dedos femininos saindo de um pote de melaza. Essa mudança se deveu à censura imposta pelo regime de Franco, que também substituiu a canção "Sister Morphine" por "Let It Rock", de Chuck Berry, alegando que a primeira continha "material sexual". No entanto, a letra de "Sister Morphine" aborda o uso de drogas, o que pode ter sido ignorado pelos censores.
A canção "Sister Morphine" foi originalmente lançada por Marianne Faithfull em 1969, coescrita por ela, Mick Jagger e Keith Richards. Após seu lançamento, o single foi retirado do mercado devido a preocupações com as referências a drogas. Quando os Rolling Stones lançaram sua versão, apenas Jagger e Richards foram creditados como compositores, o que levou Faithfull a lutar por reconhecimento. Em 1994, após uma longa batalha legal, ela finalmente conseguiu ser reconhecida como coautora da música.
Keith Richards, em suas memórias, reconheceu a contribuição de Faithfull, afirmando que ela teve um papel significativo na composição. Jagger, por outro lado, minimizou a participação dela, o que gerou debates sobre a dinâmica criativa entre eles. A relação entre Faithfull e Jagger foi intensa e marcada por desafios, incluindo o impacto das drogas e a morte de Brian Jones, ex-integrante dos Rolling Stones.
As versões de "Sister Morphine" apresentam características distintas: a de Faithfull é mais introspectiva e sensual, enquanto a dos Rolling Stones exibe uma energia mais agressiva e confiante. Ambas as interpretações são consideradas clássicas, refletindo diferentes aspectos da experiência humana e da luta contra a dor, seja física ou emocional.
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