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Livro revisita discos lançados há 40 anos em mercado musical em transição

Antes da internet, 1985 é retratada como década de transição que redesenhou a indústria fonográfica brasileira, com 85 discos analisados

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Livro revisita discos lançados há 40 anos em um mercado musical em transição
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  • O livro “1985 – O Ano que Repaginou a Música Brasileira” reúne 85 textos sobre 85 discos lançados naquele ano, organizado por Célio Albuquerque.
  • Os textos oferecem um panorama de um mercado fonográfico em ebulição, ainda sem internet, com foco em produção, indústria e contexto histórico.
  • Destaques incluem Angela Ro Ro em Eu Desatino e Cazuza, com análise sobre a mudança de rumo do artista e a relação entre música e televisão, que influenciou a divulgação de gravadoras e álbuns.
  • A obra abrange diversos gêneros — samba, axé, sertanejo, instrumental e pop — revelando caminhos criados pelas mudanças estéticas e políticas da época.
  • O volume também registra a participação do colunista sobre o álbum duplo Lira do Povo, de Hermínio Bello de Carvalho, consolidando a leitura do período.

O livro 1985 – O Ano que Repaginou a Música Brasileira, publicado pela Garota FM Books, reúne 85 textos sobre 85 discos lançados em 1985. Organizado por Célio Albuquerque, traz visão do mercado fonográfico em transição, ainda sem a internet.

A obra percorre diversos gêneros, de sertanejo a samba, do pop rock à música instrumental. As análises variam entre detalhes de produção e leitura histórica, mostrando uma indústria em mudança e uma cena artística em ebulição.

Taissa Maia comenta Eu Desatino, de Angela Ro Ro, explorando poesia e ritmo da obra e seu peso na carreira da artista. O texto associa o álbum a um auge criativo, marcado por autobiografismo que perdeu espaço com o mercado.

Leoni analisa Cazuza, primeiro disco solo, destacando a saída do Barão Vermelho e a busca de reposicionamento do cantor. O texto aborda faixas como Codinome Beija-Flor e o impacto da transição no rock nacional.

Marcos Sabino discorre sobre Simples Situation, detalhando a busca por maior visibilidade e a troca de gravadora pela Som Livre, ligada à Globo, como estratégia de mercado.

DJ Zé Pedro assina texto sobre Aprendizes da Esperança, de Fafá de Belém, ressaltando o significado político do álbum diante de eleições e do movimento Diretas Já.

Chris Fuscaldo analisa De Gosto, de Água e de Amigos, de Zé Ramalho, revelando dilemas pessoais do artista e o impulso de lançar Mistérios da Meia-Noite com apoio de uma trilha de novela.

A relação entre música e televisão aparece em Despertar, de Guilherme Arantes, reconhecendo a influência das telenovelas na popularização de suas baladas nos anos 80.

Axé e nascimento de um movimento

O axé é descrito em Mensageiro da Alegria, de Gerônimo, com É D’Oxum recebendo visão de violeta para a Bahia, e em Magia, de Luiz Caldas, destacado pela recepção no mercado.

Sertanejo e instrumental

Daniel analisa Amor, Sempre Amor, ressaltando o enfoque romântico na estreia da dupla com João Paulo, marco do sertanejo dos anos 80. Instrumental explora Almir Sater em Instrumental, considerado um tratado de viola.

Samba e inovação

Divina Luz, do Fundo de Quintal, é revista por Marcelo Ferro, destacando a introdução de novos instrumentos e uma sonoridade mais comercial que ampliou o público da banda.

O volume conclui que 1985 marcou a repaginação da música brasileira, com discos, rádios e novelas definindo o ritmo de sucesso antes da internet. O editor está entre os colaboradores com o texto sobre Lira do Povo, de Hermínio Bello de Carvalho.

Em tempo: o artigo sobre Lira do Povo integra os 85 textos do livro, contribuindo com uma visão crítica sobre o duplo álbum e o período estudado.

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