16 de jan 2025
Estudo revela que consumo excessivo de carne vermelha processada aumenta risco de demência
Estudo da Universidade de Harvard revela que carne vermelha processada aumenta risco de demência em 13%. Consumo elevado acelera envelhecimento cognitivo em 1,6 anos por porção diária adicional. Análise abrangeu mais de 133 mil pessoas ao longo de 43 anos, com 11.173 diagnósticos de demência. Substituir carne processada por nozes ou legumes pode reduzir risco de demência em até 20%. Ligação entre carne vermelha e saúde cognitiva envolve compostos como TMAO e gordura saturada.
Foto:Reprodução
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Um novo estudo da Universidade de Harvard, publicado na revista Neurology, revela que o consumo elevado de carne vermelha processada, como bacon e linguiça, está associado a um aumento de 13% no risco de demência. A pesquisa analisou dados de 133.771 pessoas com idade média de 49 anos, acompanhadas por até 43 anos. Dentre os participantes, 11.173 foram diagnosticados com demência. Os resultados indicam que aqueles que consomem um quarto ou mais de uma porção de carne processada diariamente apresentam um envelhecimento cognitivo acelerado em 1,6 anos por porção.
Os pesquisadores destacam que a relação entre o consumo de carne vermelha e o declínio cognitivo pode estar ligada ao N-óxido de trimetilamina (TMAO), um composto gerado pela decomposição da carne que pode afetar negativamente a função cerebral. Além disso, a gordura saturada e o sódio presentes na carne vermelha também podem prejudicar a saúde das células cerebrais. A substituição de carne vermelha processada por fontes de proteína mais saudáveis, como nozes e legumes, pode reduzir o risco de demência em até 20%.
Embora o estudo não tenha encontrado uma associação significativa entre o consumo de carne vermelha não processada e o aumento do risco de demência, o autor principal, Dong Wang, ressalta que a carne vermelha é rica em gordura saturada, que está ligada a doenças como diabetes tipo 2 e problemas cardíacos, ambos relacionados à saúde cerebral. A pesquisa sugere que a adoção de uma dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais e peixes, pode ser benéfica para a saúde cognitiva.
Os especialistas concordam que a redução do consumo de carnes processadas e a adoção de uma dieta equilibrada são fundamentais para a saúde a longo prazo. A pesquisa reforça a importância de considerar a dieta como um fator crucial na prevenção de doenças cognitivas, destacando a necessidade de mais estudos para entender completamente essa relação.
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