04 de mar 2025
Tatuagens podem aumentar risco de câncer, revela estudo dinamarquês sobre saúde e tinta
Estudo revela que tatuagens podem aumentar risco de câncer de pele e linfoma. Tinta de tatuagem migra para gânglios linfáticos, acumulando se ao longo do tempo. Pesquisa analisou dados de mais de 5.900 gêmeos dinamarqueses para maior precisão. Tatuagens maiores elevam risco de linfoma em quase três vezes comparado a não tatuados. Cientistas buscam entender impacto molecular da tinta na função imunológica.
Foto:Reprodução
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Pesquisas recentes revelam que a tinta de tatuagem pode migrar para os gânglios linfáticos, levantando preocupações sobre sua saúde a longo prazo. Um estudo realizado por pesquisadores da University of Southern Denmark e da University of Helsinki analisou dados de mais de 5.900 gêmeos dinamarqueses e constatou que indivíduos tatuados apresentam um diagnóstico mais frequente de câncer de pele e linfoma em comparação aos não tatuados. Os gânglios linfáticos desempenham um papel essencial no sistema imunológico, filtrando substâncias nocivas e combatendo infecções.
Os cientistas expressam preocupação de que a tinta possa causar inflamação crônica nos gânglios linfáticos, potencialmente levando ao crescimento anormal de células e aumentando o risco de câncer. Jacob von Bornemann Hjelmborg, professor de bioestatística na SDU, destaca que a comparação entre gêmeos, onde um possui câncer e o outro não, oferece um método robusto para investigar a relação entre tatuagens e risco de câncer, apesar das dificuldades em medir efeitos diretos devido ao longo tempo de desenvolvimento do câncer.
O estudo também aponta que o tamanho das tatuagens é um fator relevante. Tatuagens maiores, definidas como aquelas que excedem o tamanho da palma da mão, estão associadas a um risco significativamente maior de câncer. Para linfoma, a taxa de incidência é quase três vezes maior entre pessoas com tatuagens grandes em comparação com aquelas sem tatuagens. Signe Bedsted Clemmensen, professora assistente de bioestatística na SDU, sugere que a quantidade de tinta acumulada nos gânglios linfáticos pode estar relacionada ao tamanho e à duração da tatuagem.
Os pesquisadores pretendem aprofundar a investigação sobre como as partículas de tinta impactam a função dos gânglios linfáticos em nível molecular e se há uma ligação mais forte entre certos tipos de linfoma e a presença de tatuagens. A continuidade desse estudo é fundamental para entender melhor os mecanismos envolvidos e os potenciais riscos à saúde associados às tatuagens.
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