09 de mai 2025
Estudo sueco associa tatuagens a risco elevado de linfoma, mas especialistas pedem cautela
Estudo sueco revela que tatuagens podem aumentar em 21% o risco de linfoma, especialmente nos primeiros anos. Cautela é recomendada.
Foto:Reprodução
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Um estudo inédito realizado na Suécia sugere que pessoas com tatuagens têm um risco 21% maior de desenvolver linfoma, um tipo de câncer no sangue. A pesquisa, publicada na revista eClinicalMedicine, analisou dados de mais de 11,9 mil pessoas entre 2007 e 2017, com idades entre 20 e 60 anos. Os resultados indicam que o risco é mais elevado nos primeiros dois anos após a tatuagem, com um aumento de 81% nesse período.
Os pesquisadores utilizaram questionários para identificar a presença de tatuagens entre os participantes. No grupo com linfoma, 21% dos pacientes tinham tatuagens, em comparação com 18% do grupo controle. Apesar da associação, a causalidade ainda não está comprovada, e especialistas pedem cautela na interpretação dos dados. “Gera muito mais uma pergunta do que chega a uma conclusão”, afirma o hematologista Guilherme Perini.
Importância do Monitoramento
Os médicos recomendam que pessoas tatuadas realizem checkups anuais para monitorar a saúde. O linfoma afeta os linfócitos, células que protegem o corpo de infecções, e se desenvolve principalmente nos linfonodos. A pesquisa também levantou preocupações sobre a composição das tintas utilizadas em tatuagens, que podem conter substâncias cancerígenas.
A autora principal do estudo, a epidemiologista Christel Nielsen, destacou que é necessário investigar mais a fundo a relação entre tatuagens e outros tipos de câncer. Embora o estudo tenha sido robusto, especialistas como Cícero Martins, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), alertam que os dados podem estar “hiperestimados” e que a pesquisa deve ser avaliada com cautela.
Considerações Finais
Os pesquisadores da Universidade de Lund pretendem conduzir novos estudos para entender melhor a associação entre tatuagens e doenças inflamatórias. A Agência Europeia dos Produtos Químicos já limitou o uso de produtos químicos perigosos em tintas de tatuagem, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil exige que os produtos registrados demonstrem segurança e eficácia. A pesquisa atual é um passo importante para compreender os efeitos a longo prazo das tatuagens na saúde.
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