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13 de mar 2025

Crianças e adolescentes: a importância da triagem de colesterol a partir dos 2 anos

Estudo da UFMG revela que 24,4% de crianças têm colesterol alterado no Brasil. Triagem deve começar aos 2 anos para quem tem histórico familiar de doenças. Nos EUA, apenas 11% dos jovens são rastreados, evidenciando a urgência de ações. A cardiologista Mirna de Sousa destaca a importância de intervenções precoces. Medidas de saúde pública são essenciais para combater a "pandemia" cardiovascular.

Foto:Reprodução

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Os testes de colesterol são essenciais na triagem de saúde cardiovascular em adultos, mas a situação é diferente para crianças e adolescentes no Brasil. Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado em 2023, revela que 24,4% das crianças e adolescentes apresentam alterações nos níveis de colesterol, com 19,2% mostrando altas taxas de colesterol LDL, considerado prejudicial à saúde. O acúmulo dessa lipoproteína nas artérias pode levar a doenças ateroscleróticas, que são as principais causas de infarto e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

A cardiologista pediátrica Mirna de Sousa, do Hospital Israelita Albert Einstein, recomenda que o colesterol seja monitorado em crianças de 2 a 8 anos com histórico familiar de doenças cardiovasculares. Para crianças de 9 a 12 anos, o exame deve ser realizado em todas, independentemente do histórico familiar. Entre 12 e 16 anos, a triagem deve ser feita conforme o histórico familiar ou novos fatores de risco. Dos 17 aos 21 anos, todos devem fazer pelo menos uma triagem, com repetições a cada seis meses se os níveis estiverem alterados.

Um estudo publicado em julho de 2024 no JAMA Network Open aponta que apenas 11% dos jovens de 9 a 21 anos nos Estados Unidos são rastreados para colesterol, apesar das recomendações. A pesquisa indica que 30% dos jovens examinados apresentaram resultados anormais, especialmente entre os obesos. A cardiologista enfatiza a necessidade de políticas públicas para melhorar a triagem e intervenção, considerando a crescente "pandemia de doenças do aparelho cardiovascular".

Após o diagnóstico de alterações no colesterol, a primeira abordagem deve ser a mudança de estilo de vida, com ênfase em atividades físicas e dieta saudável. Medicamentos são considerados apenas em casos específicos, como diabetes ou problemas renais. Mirna de Sousa destaca a importância de campanhas de conscientização e a necessidade de um ambiente que favoreça hábitos saudáveis, como a promoção de atividades físicas nas escolas e a acessibilidade a alimentos saudáveis. Ela sugere que alimentos ultraprocessados sejam taxados para desencorajar seu consumo, similar ao que ocorre com cigarro e álcool.

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