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20 de abr 2025

Álcool no cinema: do glamour à dependência, um alerta para a sociedade moderna

O consumo de álcool, frequentemente glamorizado na mídia, esconde riscos sérios, incluindo o transtorno por uso de álcool, que afeta não apenas os bebedores diários, mas também aqueles que abusam da bebida nos fins de semana. Especialistas alertam que a dependência alcoólica pode se manifestar de diversas formas, e a percepção social sobre o consumo dificulta o reconhecimento do problema. A busca por ajuda é essencial, mas o estigma em torno do alcoolismo torna esse passo ainda mais desafiador.

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Alerta sobre consumo de álcool: dependência não se limita a quem bebe diariamente

Especialistas alertam que o transtorno por uso de álcool afeta não só quem consome bebidas diariamente, mas também aqueles que abusam nos fins de semana, gerando graves consequências. A discussão ganha força em meio à romantização do álcool na mídia e na cultura.

O psicólogo clínico João Vitor Borges, do Instituto Bem do Estar, explica que estereótipos prejudicam a compreensão dos riscos. Representações extremas no audiovisual podem tanto alertar quanto afastar da percepção do problema. O álcool altera a percepção, mesmo em pequenas quantidades.

A dependência alcoólica é caracterizada por uma relação física e psicológica com o álcool, segundo Catarina Pignato. O médico Maurício de Souza Lima ressalta que o consumo mudou, assim como a dependência. “Hoje, o transtorno por uso de álcool não se limita a quem bebe diariamente”, afirma.

O transtorno por uso de álcool (DUA), conforme o DSM-5, é classificado de leve a grave. Os critérios incluem beber mais do que o planejado, tentativas frustradas de parar, prejuízos pessoais e financeiros, e continuar bebendo mesmo com esses prejuízos. A abstinência pode causar irritação, ansiedade, confusão e até convulsões.

“Não existe dose segura de álcool diária”, alerta o médico Uno Vulpo, especialista em redução de danos. O consumo se torna problemático quando causa disfunções psicológicas, cognitivas, familiares ou no trabalho.

A presidente da Junta de Serviços Gerais dos Alcoólicos Anônimos (AA), Lívia Pires Guimarães, explica que o alcoolismo é um transtorno mental e comportamental. O AA oferece apoio e um método de 12 perguntas para refletir sobre a relação com a bebida.

Reconhecer o problema é o maior desafio, segundo Guimarães. A sociedade incentiva o consumo, mas estigmatiza quem desenvolve problemas. Abordar a pessoa de forma acolhedora e reflexiva, em momentos de sobriedade, é o ideal.

Vulpo ressalta que beber socialmente depende do impacto no cotidiano. Se a bebida altera o funcionamento, humor ou produtividade, não é apenas social. Fatores genéticos e hábitos de vida também influenciam.

A romantização do álcool na mídia e a cultura que associa bebida à socialização dificultam a conscientização sobre os riscos. Isso dificulta o trabalho de redução de danos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e nos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).

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