06 de mai 2025
Parada cardíaca: saiba como agir e aumentar as chances de sobrevivência
Cresce o número de infartos em mulheres jovens no Brasil. Aprenda a agir em emergências como paradas cardíacas e AVC.
Foto:Reprodução
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Problemas cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, com um aumento alarmante de infartos entre mulheres jovens no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram um crescimento de 62% nas mortes de mulheres de 15 a 49 anos por infarto entre 1990 e 2019. A conscientização sobre a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e a prevenção de doenças cardíacas se torna essencial.
A maioria das paradas cardíacas ocorre em casa, com uma taxa de sobrevivência de apenas 2% a 11%. O cardiologista Agnaldo Piscopo, do Centro de Treinamento em Emergências da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), alerta que a chance de sobrevivência diminui 7% a 10% a cada minuto sem assistência. Iniciar a RCP imediatamente após chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é crucial.
Piscopo destaca que menos de 20% das vítimas recebem RCP antes da chegada do socorro. Ele afirma que, se mais pessoas soubessem realizar a manobra, seria possível salvar 60 mil vidas por ano no Brasil. As principais causas de parada cardíaca são infartos, frequentemente desencadeados por aterosclerose, que resulta em obstruções nas artérias coronárias.
Além disso, o médico ressalta a importância de reconhecer sinais de infarto, como dor no peito que pode irradiar para o braço ou mandíbula. Caso a pessoa esteja consciente, deve-se mantê-la imóvel e chamar o SAMU. Se a vítima perder a consciência, é fundamental iniciar a RCP imediatamente.
Emergências Comuns
Outras emergências, como acidentes vasculares cerebrais (AVC) e engasgamentos, também requerem atenção. O AVC pode ser identificado por sinais como dificuldade para falar ou sustentar um braço. Piscopo recomenda o mnemônico S-A-M-U: sorrir, abraço e cantar uma música, para detectar um AVC.
Para engasgamentos, a manobra de Heimlich é essencial. Se a pessoa estiver consciente e puder falar, deve-se incentivá-la a tossir. Caso contrário, a manobra deve ser iniciada. Piscopo enfatiza que a prevenção é a melhor estratégia, como evitar o consumo de álcool antes de nadar e supervisionar crianças em áreas aquáticas.
A conscientização e o treinamento em RCP e primeiros socorros são fundamentais para aumentar as chances de sobrevivência em situações de emergência.
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