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19 de mai 2025

Pequenas operadoras de planos de saúde cortam custos com menos investimentos em prevenção

Pequenas operadoras de saúde no Brasil estão superando grandes empresas ao investir em prevenção, reduzindo custos e internações.

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Investimentos em Prevenção na Saúde: Um Desafio para os Planos de Saúde no Brasil

Os investimentos em políticas de prevenção pelos planos de saúde no Brasil permanecem em níveis alarmantemente baixos. Em 2022, apenas 0,25% do faturamento total, que ultrapassou R$ 350 bilhões, foi destinado a iniciativas de promoção da saúde, o menor índice desde 2018.

Pequenas operadoras estão se destacando ao desafiar o modelo tradicional, investindo mais em prevenção e obtendo resultados positivos, como a redução de internações e custos. Enquanto isso, as grandes operadoras continuam a manter investimentos irrisórios. Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp, destaca que as operadoras de planos coletivos perdem, em média, um terço dos usuários anualmente, devido a altas nos reajustes.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sugere que programas de promoção da saúde devem incluir estratégias organizadas, mas a adesão das operadoras é voluntária. Em 2023, 221 operadoras estavam com 420 programas em andamento, mas os investimentos ainda são considerados baixos. A SulAmérica, por exemplo, investiu apenas 0,008% de suas receitas em programas de prevenção, apesar de um aumento de 23,5% em relação ao ano anterior.

Iniciativas de Pequenas Operadoras

Operadoras menores, como a carioca Leve Saúde, estão se destacando ao investir cerca de 1,5% de suas receitas em programas de prevenção. A empresa realiza acompanhamento ativo dos usuários após atendimentos de emergência, o que ajuda a evitar complicações. A mineira Aurora, por sua vez, realiza check-ups para novos segurados, rastreando doenças que representam 25% do custo assistencial.

Empresas empregadoras também estão buscando alternativas para estimular a prevenção. O Hospital Sírio-Libanês, por exemplo, desenvolve programas personalizados que atendem 400 mil trabalhadores de diversas empresas, resultando em melhorias na saúde e na produtividade, além de redução de custos.

O Futuro da Saúde Suplementar

A falta de engajamento dos beneficiários e a alta rotatividade entre operadoras são desafios que dificultam o aumento dos investimentos em prevenção. Rudi Rocha, do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, defende que incentivos são essenciais para reter contratos e estimular a permanência dos usuários.

A professora Ana Maria Malik critica o modelo atual, que prioriza contratos e preços em detrimento do relacionamento entre operadoras e beneficiários. A necessidade de um redesenho do sistema é evidente, com foco em ações preventivas que possam beneficiar tanto a saúde dos usuários quanto a saúde financeira das operadoras.

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