UnitedHealth enfrenta crise com assassinato e perda de US$ 280 bilhões

A UnitedHealth, maior empresa de saúde dos Estados Unidos, atravessa um período turbulento. Após a divulgação de resultados financeiros decepcionantes, as ações da companhia caíram 22% em um único dia. A situação se agravou com a renúncia do CEO Andrew Witty, anunciada em 13 de maio, que deixou a liderança para Stephen Hemsley, ex-CEO e atual presidente do conselho.

Recentemente, a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, surpreendeu o mercado ao adquirir 5 milhões de ações da UnitedHealth. Essa movimentação ocorre em meio a investigações do Departamento de Justiça sobre possíveis fraudes ao Medicare, além de problemas operacionais que afetam a empresa. A UHG, que lidera o setor de seguros de saúde, enfrenta desafios significativos, especialmente em seu ramo de Medicare Advantage, onde o uso dos planos pelos beneficiários superou as expectativas.

Os analistas estão preocupados com a capacidade da empresa de se recuperar. Witty não conseguiu explicar o aumento inesperado na utilização dos planos de saúde, o que impacta diretamente a lucratividade. Além disso, a UHG enfrenta dificuldades em sua rede de atendimento, onde a utilização dos médicos não pertencentes à empresa foi menor do que o previsto.

A crise de imagem da UnitedHealth se intensificou após o assassinato do ex-CEO Brian Thompson em dezembro, um evento que levantou questões sobre a ética das grandes seguradoras. A remuneração de Hemsley, que inclui um salário-base de US$ 1 milhão e opções de ações de US$ 60 milhões, também gerou controvérsias. O futuro da UnitedHealth permanece incerto, especialmente com a recente injeção de capital da Berkshire Hathaway, que pode sinalizar uma nova fase para a gigante da saúde.