Grupo goiano planeja investir R$ 1 bi por ano em multipropriedade no Brasil

A GAV Resorts, empresa goiana que atua no setor de multipropriedade, planeja uma expansão robusta, com a meta de lançar R$ 1 bilhão em valor geral de vendas (VGV) anualmente nos próximos três a quatro anos. Desde sua fundação em 2014, a companhia já acumulou R$ 7,5 bilhões em VGV e atualmente opera cinco hotéis, com mais nove em desenvolvimento.

O CEO da GAV, Manoel Pereira Neto, destacou que a demanda por turismo pós-pandemia impulsionou o crescimento da empresa, que lançou dez empreendimentos nos últimos cinco anos. O primeiro resort fora do Pará foi inaugurado em Porto de Galinhas, Pernambuco, onde a demanda levou à construção de um segundo resort com 990 quartos, mais que o dobro da capacidade do primeiro.

Expansão Regional

A GAV Resorts está se expandindo para diversas regiões do Brasil. No Nordeste, a empresa planeja três novos resorts em Jericoacoara, Maragogi e Barra de São Miguel, além de um empreendimento em Salinas, Pará. No Centro-Oeste, um hotel foi recém-inaugurado em Pirenópolis, Goiás, enquanto no Sul, a cidade de Gramado deve receber dois resorts entre 2026 e 2027.

Pereira Neto acredita que a multipropriedade está em uma fase de adaptação no Brasil, similar ao que ocorreu com o mercado de loteamentos. Ele observa que a qualidade dos produtos é essencial para a competitividade, afirmando que a GAV busca elevar os padrões do setor.

Modelo de Negócio

O modelo de multipropriedade da GAV permite que os clientes adquiram cotas de uso em quartos de hotel, com direito a uma ou duas semanas de estadia por ano. Essa abordagem visa tornar o turismo de segunda residência mais acessível, reduzindo custos e preocupações com a gestão do imóvel. O perfil do cliente é predominantemente da classe média alta, com renda em torno de R$ 15.000.

A GAV Resorts se destaca por oferecer experiências de alto padrão, com amenities que incluem piscina aquecida, spa e restaurantes temáticos. O foco da empresa, segundo Pereira Neto, é o setor imobiliário, considerando a hotelaria como um suporte para o crescimento do negócio.