'Febre Labubu' vira sucesso de pirataria e ganha novas versões em SP

Recentemente, a popularidade dos brinquedos de pelúcia Labubu, da marca Pop Mart, enfrentou um novo desafio no Brasil: o aumento da pirataria. Versões falsificadas, conhecidas como Lafufus, estão sendo vendidas a preços reduzidos, atraindo consumidores em busca de alternativas mais baratas.

A reportagem da Bloomberg Línea visitou camelódromos em São Paulo, onde as Lafufus são comercializadas por cerca de R$ 40, enquanto o preço do Labubu original gira em torno de R$ 81,68, incluindo impostos de importação. O crescimento das vendas do varejo oficial, como o Magazine Luiza, foi impulsionado por parcerias com plataformas chinesas, como Alibaba e AliExpress.

O Magazine Luiza registrou um aumento significativo nas vendas de Labubu, com um crescimento de 15 vezes em maio e 10 vezes em junho, em comparação a abril. A estratégia de frete grátis e a promoção nas redes sociais têm contribuído para esse sucesso. As pelúcias, embaladas de forma surpresa, conquistam o público jovem, especialmente entre as gerações Z e Alfa.

Pirataria e seus Efeitos

A pirataria de produtos Labubu não é um fenômeno isolado. Estima-se que os prejuízos com falsificações no Brasil tenham alcançado R$ 100 bilhões em 2024. A compra de produtos falsificados, além de ser ilegal, pode acarretar penalidades cíveis e criminais. Especialistas alertam que a concorrência desleal prejudica empresas que investem em inovação e proteção de suas marcas.

Influenciadores digitais têm promovido as Lafufus em vídeos de unboxing, aumentando a visibilidade das versões falsificadas. Nos camelódromos, consumidores podem escolher a cor das pelúcias, que muitas vezes apresentam defeitos de fabricação, como acabamentos mal feitos.

A popularidade do Labubu começou a crescer nos Estados Unidos no final do ano passado, sendo destacado como uma tendência entre jovens. O fenômeno reflete a capacidade da indústria chinesa de criar produtos que se tornam ícones globais, ao mesmo tempo em que alimenta a pirataria, um problema persistente no comércio popular brasileiro.