25 de jul 2025
Brasil se afasta de aliança do Holocausto e intensifica tensões com Israel
Brasil se retira da IHRA e se junta à ação da África do Sul contra Israel, intensificando tensões diplomáticas entre os países.

Foto ilustrativa: Levi Meir Clancy/Unsplash
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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a retirada do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) e a adesão a uma ação da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ). A decisão foi divulgada nesta quinta-feira, 24 de julho, e marca uma mudança significativa na política externa brasileira, que já enfrentava tensões com Israel.
Desde 2021, o Brasil atuava como membro observador da IHRA, uma organização que visa preservar a memória das vítimas do Holocausto e combater o antissemitismo. A saída do Brasil foi confirmada por fontes diplomáticas israelenses, que consideraram a medida uma "falha moral profunda". O Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou a decisão, afirmando que, em um momento em que Israel luta por sua própria existência, essa postura é imprudente.
Tensão Diplomática
A adesão do Brasil à ação judicial contra Israel, que alega genocídio na Faixa de Gaza, foi formalizada no dia 23 de julho. O Itamaraty justificou a participação ao afirmar que a comunidade internacional tem testemunhado graves violações de direitos humanos na região. A nota do governo brasileiro destaca que não há mais espaço para omissão política diante das atrocidades.
As relações entre Brasil e Israel se deterioraram nos últimos meses, especialmente após Lula comparar as ações israelenses em Gaza ao Holocausto. Essa declaração gerou uma crise diplomática, levando à retirada do embaixador brasileiro em Tel Aviv. O governo israelense, por sua vez, declarou Lula persona non grata no país.
Mudança de Direção
A decisão de se retirar da IHRA e de se juntar à ação da África do Sul representa uma mudança significativa na abordagem do Brasil em relação ao conflito israelo-palestino. O governo brasileiro enfatiza a necessidade de cumprir obrigações de Direito Internacional e de proteger os direitos dos palestinos, que, segundo a CIJ, estão sendo irreversivelmente prejudicados.
A tensão entre os dois países não é nova e reflete um histórico de desentendimentos diplomáticos, que se intensificaram desde a posse de Lula. A situação atual evidencia um novo capítulo nas relações Brasil-Israel, com repercussões que podem impactar a política externa brasileira nos próximos anos.
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