28 de jul 2025
Vaticano registra lucro significativo em investimentos e imóveis durante crise financeira
Vaticano apresenta lucro de 62 milhões de euros em 2024, mas ainda enfrenta déficit estrutural significativo e desafios na gestão de propriedades.
Fiéis aguardam o início da oração do Angelus ao meio-dia do Papa Leão XIV na Praça de São Pedro, no Vaticano, no domingo, 27 de julho de 2025. (Foto: Gregorio Borgia)
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VATICANO REGISTRA LUCRO EM 2024
O Vaticano anunciou um lucro de 62 milhões de euros em 2024, um aumento de 16 milhões em relação ao ano anterior. Este resultado é considerado um dos melhores em anos e surge em um momento crítico, enquanto o Papa Leão XIV enfrenta um déficit estrutural de 50 a 60 milhões de euros e um rombo de 1 bilhão de euros em seu fundo de pensão.
A Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) informou que 46 milhões de euros do lucro serão utilizados para cobrir custos operacionais da Cúria Romana. O lucro proveniente de investimentos foi de 10,5 milhões de euros, enquanto os ganhos imobiliários se mantiveram estáveis em 35 milhões de euros, igualando os resultados de 2023.
Desafios Financeiros
O Vaticano possui 4.234 propriedades na Itália e cerca de 1.200 em cidades como Londres, Paris e Genebra. No entanto, apenas 20% dessas propriedades são alugadas a preços de mercado. Aproximadamente 70% não geram receita, pois abrigam escritórios da Igreja, e 11% são alugadas a preços reduzidos para funcionários.
Analistas financeiros apontam que a gestão das propriedades subvalorizadas poderia ser uma fonte de receita. Contudo, a APSA enfrenta dificuldades financeiras para investir em reformas necessárias para aumentar os aluguéis. Em 2024, 3,8 milhões de euros foram gastos apenas em manutenção.
Caminho à Frente
O novo líder da APSA, Papa Leão XIV, que assumiu em maio, terá como prioridade equilibrar as finanças da Santa Sé. As medidas de transparência financeira, iniciadas pelo Papa Francisco em 2021, visam restaurar a confiança na administração do Vaticano após anos de escândalos financeiros. A expectativa é que a gestão eficiente dos ativos ajude a mitigar os desafios financeiros enfrentados pela instituição.
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