Papa celebra 50 anos de acordo sobre segurança e direitos humanos da Guerra Fria

O Papa Leo XIV, durante sua audiência geral na quarta-feira, ressaltou a importância da diplomacia ao celebrar o 50º aniversário dos Acordos de Helsinque. O evento, que ocorreu em 1º de agosto de 1975, envolveu 35 nações e foi fundamental para a promoção da segurança e dos direitos humanos na era da Guerra Fria.

O Papa, o primeiro americano a ocupar o cargo, enfatizou que é crucial valorizar o espírito de Helsinque e fortalecer o diálogo para prevenir conflitos. Ele lembrou que o acordo inaugurou uma nova era de cooperação entre o Oriente e o Ocidente, destacando a relevância dos direitos humanos, especialmente a liberdade religiosa.

Em meio a esse contexto, Leo XIV também expressou sua indignação em relação ao ataque brutal a uma igreja na República Democrática do Congo, onde 38 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas por rebeldes ligados ao Estado Islâmico. O Papa fez um apelo à comunidade internacional para que colabore na prevenção de tais tragédias.

O Papa recordou que, durante a cúpula de Helsinque, a Santa Sé foi representada por um delegado que promovia a política de Ostpolitik, que buscava o diálogo com a Europa Oriental. A mensagem de Leo XIV é clara: a paz e a diplomacia devem ser priorizadas em um mundo marcado por conflitos, como a guerra na Ucrânia.

A audiência de quarta-feira também marcou o retorno do Papa após um período de recesso, atraindo uma grande multidão de fiéis em Roma.