- Em 2025, o Remo conquistou o acesso à Série A após vencer o Goiás por 3 a 1 no Mangueirão, diante de mais de 47 mil torcedores.
- O time teve Pedro Rocha como artilheiro da Série B, com quinze gols, impulsionando a campanha na reta final.
- Guto Ferreira chegou na 29ª rodada e comandou dez jogos, com oito vitórias, um empate e apenas uma derrota, ajudando a imprimir a virada na equipe.
- Para 2026, o Remo precisa montar o elenco e renovar com Guto, mas há entraves contratuais que atrasam o planejamento.
- Um grande desafio da próxima temporada é logístico: o Remo deve viajar mais que cualquier outro clube no Norte/Nordeste na Série A.
O Remo encerrou 2025 como protagonista da sua história recente: subiu da Série C para a Série B, sob o comando de Guto Ferreira. A campanha ficou marcada pela arrancada na segunda metade do campeonato, com Pedro Rocha sendo artilheiro da competição, somando 15 gols. A vitória dramática sobre o Goiás, no Mangueirão, consolidou o acesso.
A trajetória contou com gestão de dívidas, apoio da torcida e a chegada de Marcos Braz ao setor de futebol, além da continuidade de Guto Ferreira. O clube investiu na reta final, assegurando oito jogos de invencibilidade com o técnico gaúcho e garantindo o retorno à elite após 32 anos.
O título estadual veio nos pênaltis diante do Paysandu, após o início irregular na temporada, com eliminação na Copa Verde diante do São Raimundo-RR. O Remo manteve consistência na Série B, iniciando sob a batuta de Daniel Paulista e, depois, sob António Oliveira, até a chegada de Guto na 29ª rodada.
Desempenho e fatores-chave
Em entrevista ao Lance!, Mateus Miranda, da TV Cultura do Pará, apontou três pilares para o retorno: gestão de dívidas, apoio da torcida e a dupla Braz/Guto Ferreira. Segundo ele, uma política de pagamentos mais responsável tornou o clube financeiramente estável.
Miranda destaca que a gestão, iniciada há cinco ou seis anos com Fábio Bentes, favoreceu o saneamento financeiro. Com Tonhão no comando, houve investimentos na Série C e na Série B, culminando em dois acessos seguidos e fortalecendo o clube no mercado.
Sobre o protagonismo técnico, o jornalista ressalta que a contratação de Guto Ferreira foi decisiva. Ele comandou o Remo em 10 jogos, com oito vitórias, um empate e apenas uma derrota, orientando o time na virada de chave para o acesso.
Olhando para 2026
A antecipação da pré-temporada não veio com tranquilidade: o Remo precisa montar o elenco para a próxima temporada e renovar com Guto, mas enfrenta entraves contratuais. O desafio é manter a equipe na Série A, o objetivo principal do ano.
A logística também é um obstáculo relevante. O Remo será o clube que mais viajará no Norte e Nordeste, exigindo planejamento econômico e esportivo para suportar a maratona de deslocamentos da competição. A direção trabalha para equilibrar elenco, orçamento e continuidade técnica.
Para a torcida, a expectativa é alta: muitos torcedores nunca viveram a era da Série A pelo clube. Além de reforçar a comissão técnica, o Remo precisará gerir a demanda de viagens e manter o desempenho da equipe ao longo da temporada.
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