06 de mai 2025
Instituto Identidades do Brasil lança campanha contra racismo no futebol
Instituto Identidades do Brasil lança campanha contra racismo no futebol, propondo acolhimento às vítimas e punições mais rigorosas.
O atacante Luighi, do time sub-20 do Palmeiras, foi alvo de injúria racial em jogo da Copa Libertadores de sua categoria contra o Cerro Porteño, na quinta-feira (6), no Paraguai. (Foto: Reprodução/Sportv)
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O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) lançou a campanha "Respeito Sim — Respeita Nosso Jogo" nesta segunda-feira (5), visando combater o racismo no futebol. A iniciativa busca envolver clubes, torcedores e atletas na luta contra a discriminação racial, propondo protocolos de acolhimento para vítimas e punições mais rigorosas para casos de injúria racial.
A campanha surge em um contexto de crescente preocupação com o racismo no futebol brasileiro, evidenciado por incidentes recentes em competições como a Libertadores e o Brasileirão. No último domingo, um jogador foi preso por injúria racial durante uma partida da série B. O atacante Luighi, do Palmeiras, também foi alvo de racismo em um jogo da Copa Libertadores sub-20.
Propostas da Campanha
O diretor institucional do ID_BR, Tom Mendes, destacou que, apesar do futebol ser uma paixão nacional, seus ídolos frequentemente enfrentam discriminação. Mendes afirmou que o combate ao racismo no esporte tem sido limitado e que a campanha busca mudar essa realidade. Além de um manifesto em vídeo, a organização realizará treinamentos gratuitos em clubes, com a participação de times como Fortaleza e Atlético Mineiro.
Uma cartilha digital com vocabulário antirracista será divulgada nas próximas semanas. Mendes criticou as punições atuais, que muitas vezes são mais severas para infrações menores, como atrasos em jogos, do que para atos de racismo. Ele enfatizou a necessidade de mudanças nas penalidades aplicadas a clubes e torcidas.
Desafios e Oportunidades
A campanha também aborda a falta de representação de pessoas negras e indígenas em posições de liderança no futebol, o que contribui para a perpetuação do racismo. Mendes ressaltou que a ausência de educação antirracista nos clubes é um desafio a ser superado, visando preparar técnicos e familiares para lidar com situações de discriminação.
A Conmebol já aplicou multas em casos de racismo, como a de US$ 50 mil ao Cerro Porteño após o incidente com Luighi. Mendes acredita que mudanças na abordagem do racismo no futebol podem não apenas melhorar a saúde e a qualidade de vida dos jogadores, mas também impactar positivamente o desempenho em campo.
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