Corredora de 77 anos quebra recordes mundiais e inspira atletas mais velhos

Jeannie Rice, uma corredora de setenta e sete anos, quebrou recordes mundiais em sua faixa etária e foi objeto de um estudo recente que revelou seu consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) mais alto já registrado em mulheres acima de setenta e cinco anos. O estudo, publicado no "Journal of Applied Physiology", destacou que seu desempenho é comparável ao de uma mulher de vinte e cinco anos.

Os pesquisadores analisaram a aptidão cardiorrespiratória e a biomecânica da corrida de Rice, que detém o recorde mundial da maratona na categoria feminina de setenta a setenta e nove anos. A corredora, que fraturou o tornozelo aos setenta e seis anos, atribui sua resiliência a lesões a baixos níveis de estresse e a um ritmo de treino leve.

Os resultados do estudo mostraram que Rice apresentou um VO2 máx. equivalente ao de corredores de classe mundial mais jovens. Durante os testes, sua frequência cardíaca máxima alcançou cento e oitenta batimentos por minuto, superando os valores esperados para sua idade. Os pesquisadores também observaram que sua estrutura muscular e a capacidade de utilizar oxigênio em sua velocidade de maratona são fatores que contribuem para seu desempenho excepcional.

Rice corre entre oitenta e cento e vinte quilômetros por semana e levanta pesos leves para fortalecer a parte superior do corpo. Em entrevista ao Washington Post, ela expressou seu desejo de inspirar corredores mais velhos, afirmando que se sente tão jovem quanto aos cinquenta anos. A atleta revelou que sua inspiração foi Joan Benoit Samuelson, uma referência no atletismo feminino.

O estudo ressalta a importância de abordagens que minimizem o risco de lesões em atletas idosos, destacando que a continuidade no treinamento é essencial para a saúde e o desempenho. Rice já conquistou seis medalhas de ouro no Campeonato Mundial Master de dois mil e vinte e quatro, competindo em distâncias que vão dos oitocentos metros à meia maratona.