Esportes

Tenistas paralímpicos espanhóis buscam novo título em Roland Garros 2024

Tênis paralímpico espanhol celebra medalha histórica, mas enfrenta desafios de apoio e desenvolvimento para novos talentos.

Martín De la Puente, em ação durante a primeira rodada em Paris, ante o japonês Takuya Miki. (Foto: Gonzalo Fuentes/REUTERS)

Martín De la Puente, em ação durante a primeira rodada em Paris, ante o japonês Takuya Miki. (Foto: Gonzalo Fuentes/REUTERS)

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O tênis paralímpico na Espanha vive um momento histórico. Martín de la Puente e Daniel Caverzaschi conquistaram a primeira medalha para a modalidade no país durante os Jogos Paralímpicos de Paris, em setembro de 2024. O feito marca um avanço significativo desde a inclusão do esporte nos Jogos Paralímpicos de Barcelona em 1992.

Atualmente, os atletas representam a Espanha na Copa de Mosqueteros, que ocorre de três a sete de junho em Paris. De la Puente e Caverzaschi são os únicos representantes espanhóis no Grand Slam, competindo em duplas e individuais. O ex-técnico da Real Federação Espanhola de Tênis (RFET), Miguel Margets, destaca que, apesar do reconhecimento recente, ainda há muito a ser feito para promover o tênis em cadeira de rodas no país.

A falta de novos talentos é uma preocupação crescente. Atualmente, apenas 21 dos mais de mil atletas no ranking Uniqlo Wheelchair Tennis Tour da Federação Internacional de Tênis (ITF) são espanhóis. Margets observa que a transição geracional é um desafio, com poucos jovens se destacando, como a promessa de treze anos, Sam Gómez Samblas.

Os custos elevados também dificultam a prática do esporte. Kike Siscar, atleta que competiu em Tóquio e Paris, menciona que o investimento inicial para um novo jogador pode ultrapassar R$ 5 mil. As cadeiras de rodas profissionais variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, o que representa um obstáculo significativo.

Embora o prêmio em dinheiro tenha aumentado, ainda é insuficiente para a maioria dos atletas. Em 2024, Wimbledon ofereceu R$ 77.567 aos campeões em simples, um aumento de 26,2% em relação a 2021. No entanto, muitos jogadores, como Kike Siscar, relatam que os custos de participação em torneios frequentemente superam os prêmios recebidos.

A RFET está trabalhando para melhorar a situação. A federação busca desenvolver novas academias e aprimorar a formação de treinadores. Além disso, o Comitê Paralímpico Espanhol anunciou a equiparação dos prêmios por medalha entre atletas com e sem deficiência nos Jogos de Paris, uma medida histórica que visa aumentar a visibilidade e o apoio ao esporte.

O futuro do tênis paralímpico na Espanha depende de ações concretas. A criação de torneios de elite e o fortalecimento da base de atletas são essenciais para garantir que o legado de Martín de la Puente e Daniel Caverzaschi inspire novas gerações.

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