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Debate sobre juízes de linha e inteligência artificial agita tradição de Wimbledon

Wimbledon adota tecnologia Live Electronic Line Calling, gerando polêmica sobre a tradição e o futuro do trabalho humano no torneio.

Novak Djokovic, em Wimbledon (Foto: ANDREJ ISAKOVIC / AFP)

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Wimbledon passou a contar com a tecnologia Live Electronic Line Calling (ELC) em 2023, substituindo os juízes de linha que faziam parte da tradição do torneio há 148 anos. A mudança gerou debates acalorados entre jogadores e torcedores sobre a perda de um elemento icônico da competição.

Os juízes de linha eram tão emblemáticos quanto os morangos com creme, um dos símbolos do evento. A empresária Fiona Jones, de 52 anos, expressou sua tristeza com a ausência dos juízes, afirmando que a tradição era parte da alegria de ir a Wimbledon. Para ela, a quadra parece "vazia" sem a presença deles. Desde 2007, a tecnologia já era utilizada como apoio, mas a decisão de eliminá-los completamente foi anunciada em outubro do ano passado.

A nova tecnologia, que utiliza mais de 450 câmeras, toma decisões que antes eram feitas por humanos. As chamadas são anunciadas por alto-falantes, mas alguns jogadores, como a chinesa Yuan Yue, reclamaram da qualidade do áudio, dificultando a comunicação. O tenista norte-americano Frances Tiafoe, 12º cabeça de chave, acredita que a tecnologia diminui o espetáculo e a "fanfarronice" que caracterizava o sistema anterior.

Reações e Protestos

Apesar da mudança, cerca de 80 juízes de linha ainda atuam como árbitros assistentes, prontos para intervir em caso de falhas no sistema. A diretora de operações de Wimbledon, Michelle Dite, afirmou que a implementação do ELC foi "muito bem-sucedida", embora reconheça que ajustes no áudio são necessários.

A transição para a tecnologia também gerou preocupações sobre o futuro do trabalho humano. Dois estudantes, Gabriel Paul e Harry Robson, protestaram em frente ao All England Club, expressando suas apreensões sobre o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho. Eles carregavam cartazes que diziam "A IA tirou meu trabalho" e "Não deixem os humanos de lado".

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