A remoção de tatuagens se torna comum com avanços tecnológicos e mudanças de estilo de vida

A remoção de tatuagens, antes considerada um procedimento doloroso, está se tornando comum, especialmente entre aqueles que se arrependem de suas escolhas. Celebridades como Pete Davidson e Zoë Kravitz têm se destacado nesse processo, refletindo uma mudança cultural em que a remoção se equipara à aplicação de tatuagens.

Recentemente, Davidson, conhecido por suas diversas tatuagens, revelou sua experiência em um programa de televisão. Ele descreveu o processo como "horrível", mencionando a dor e o compromisso de várias sessões. O comediante afirmou que a remoção envolve a queima de uma camada da pele, um equívoco comum. Jeff Garnett, cofundador da rede de remoção a laser Inkless, esclareceu que o cheiro durante o procedimento é de folículos capilares, não de carne queimada.

As tecnologias de remoção evoluíram. Os lasers de picosegundo, que aquecem a tinta em trilionésimos de segundo, são mais eficazes e menos dolorosos. O processo envolve a quebra das partículas de tinta, que o corpo absorve e elimina ao longo do tempo. A maioria das tatuagens pode desaparecer em um a dois anos, dependendo da saúde do paciente.

Crescimento do Mercado

Cerca de um terço dos adultos americanos têm tatuagens, e estima-se que um quarto deles se arrependa, totalizando aproximadamente 20 milhões de pessoas. A remoção de tatuagens se tornou mais acessível, com preços variando de centenas a milhares de reais, dependendo da complexidade. Redes como Removery e Inkless estão se expandindo, oferecendo serviços especializados.

Além disso, estúdios de tatuagem estão começando a integrar serviços de remoção, reconhecendo a demanda crescente. Lorenzo Kunze, cofundador da Inkless, destacou que a remoção de tatuagens pode se tornar tão comum quanto procedimentos estéticos, como a aplicação de botox.

Mudança de Perspectiva

A remoção de tatuagens está mudando a forma como as pessoas veem a arte corporal. Celebridades influenciam essa nova tendência, com muitos buscando reverter escolhas passadas. Caroline Tompkins, por exemplo, decidiu remover uma tatuagem que não refletia mais sua identidade.

A geração mais jovem, que frequentemente faz tatuagens de forma casual, tende a se arrepender mais rapidamente. Garnett observou que muitos jovens entre dezoito e vinte e cinco anos estão optando por remover tatuagens em vez de mantê-las. Essa mudança de atitude pode redefinir o conceito de permanência na arte corporal, tornando as tatuagens mais efêmeras e ligadas a modas passageiras.