A remoção de tatuagens cresce com novas tecnologias e mudanças de comportamento

As tatuagens, que têm uma história de cinco mil anos, passaram de símbolos de honra e proteção espiritual a expressões de individualidade. No entanto, a remoção dessas marcas está em alta, impulsionada por novas tecnologias que tornam o processo menos doloroso e mais eficaz.

Nos últimos anos, a demanda por remoção de tatuagens cresceu significativamente. Pesquisas no Google indicam um aumento de 50% nas buscas pelo termo "remoção de tatuagem" em um ano. Embora não existam dados oficiais sobre o Brasil, clínicas especializadas relatam um aumento no número de atendimentos. Gabriel Demarco, sócio de uma clínica no Rio de Janeiro, afirma que "batemos em seis meses de 2025 o resultado de 2024".

Avanços Tecnológicos

Os novos aparelhos de remoção utilizam feixes de laser que fragmentam os pigmentos em partículas minúsculas, que são eliminadas pelo corpo rapidamente. Esses equipamentos modernos são três vezes mais eficientes do que os anteriores, reduzindo o número de sessões necessárias de mais de dez para apenas quatro a oito. O custo do tratamento varia a partir de R$ 150,00 por sessão, dependendo da complexidade e tamanho da tatuagem.

A mudança nas atitudes das novas gerações também contribui para o aumento da remoção. O antropólogo Bernardo Conde destaca que os jovens de hoje valorizam a fluidez, tornando a tatuagem menos relevante como símbolo de identidade. A estudante Maria Paula Vasconcelos, de 22 anos, decidiu remover duas tatuagens feitas na adolescência, afirmando que "a personalidade muda".

O Fenômeno da Remoção

A tatuagem, que foi um símbolo de rebeldia no início dos anos 2000, agora leva muitos a buscarem a remoção. Luiz Fernando Biller, de 37 anos, que tatuou o rosto para disfarçar cicatrizes, agora se sente aliviado ao reverter essa decisão. Com a ajuda da tecnologia, apagar as marcas do passado nunca foi tão fácil. A crescente procura por remoção de tatuagens reflete uma mudança cultural significativa, onde a permanência já não é vista como uma necessidade.