Caçadores de brilhos exploram a bioluminescência na costa da Austrália

David Finlay, entusiasta da bioluminescência, organiza tours na região de Illawarra, na Austrália, para observar criaturas que brilham à noite. Ele destaca a fragilidade desses seres e os impactos das mudanças climáticas.

Finlay, que é gerente de transporte durante o dia, explora a mata nativa e as praias em busca de luzes naturais. “Se você ficar trancado em casa, perde estas coisas”, afirma. A região de Illawarra, com baixa poluição luminosa e um microclima ideal, abriga diversas formas de vida bioluminescentes, como centelhas-do-mar e vaga-lumes.

Os fenômenos bioluminescentes são imprevisíveis e estão em declínio devido a fatores como mudanças climáticas e urbanização. Finlay observa que os incêndios florestais de 2019-2020 afetaram gravemente as colônias de criaturas bioluminescentes. “Este parque nacional já sofreu impactos causados pelas pessoas”, alerta.

Durante os tours, Finlay ensina os visitantes a respeitar o habitat das criaturas. “Segurar um vaga-lume na palma da sua mão irá matá-lo”, explica. Ele orienta sobre como se comportar na natureza, enfatizando a importância de observar sem tocar.

Os tours de Finlay têm atraído cada vez mais pessoas. No ano passado, cerca de 25 mil pessoas se inscreveram para as vagas limitadas. Ele utiliza sua página no Facebook para divulgar os eventos, que se esgotam rapidamente. “Para muitas pessoas, é como encontrar ouro”, diz.

A bioluminescência, além de ser uma atração turística, é um fenômeno que precisa ser preservado. Finlay busca equilibrar a experiência dos visitantes com a conservação do ambiente, garantindo que as futuras gerações também possam desfrutar desse espetáculo natural.