26 de jun 2025

Mundo do vinho precisa se reinventar diante da estagnação da Europa
Jean Charles Boisset propõe uma nova abordagem para o vinho, buscando torná lo mais acessível e divertido para atrair o público jovem.

Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Mundo do vinho precisa se reinventar diante da estagnação da Europa
Ouvir a notícia
Mundo do vinho precisa se reinventar diante da estagnação da Europa - Mundo do vinho precisa se reinventar diante da estagnação da Europa
Jean-Charles Boisset, empresário do setor vitivinícola, compartilhou sua visão sobre o futuro do vinho em recente entrevista. Com raízes na Bourgogne e forte presença nos Estados Unidos, Boisset dirige uma coleção de mais de trinta vinícolas, buscando tornar o vinho mais acessível e divertido.
Nascido em 1969 em Vougeot, Boisset cresceu em um ambiente familiar ligado ao vinho. Seus pais fundaram a empresa Jean-Claude Boisset em 1961. A paixão pela cultura americana surgiu cedo, influenciada por seus avós, que foram resistentes na Segunda Guerra Mundial. A primeira visita aos Estados Unidos, aos 12 anos, marcou sua trajetória, levando-o a se estabelecer na Califórnia.
Boisset destaca que seu estilo se diferencia no mundo do vinho. Ele busca quebrar os padrões tradicionais, promovendo experiências sensoriais em suas vinícolas, que incluem elementos como arte contemporânea e ambientes luxuosos. Para ele, o vinho deve ser uma celebração, não um ritual elitista.
Concorrência e Inovação
O empresário observa que o mercado de bebidas enfrenta desafios, especialmente com a concorrência de cervejas, coquetéis e até mesmo produtos como o cannabis. Ele acredita que o vinho deve se reinventar para atrair os jovens, tornando-se mais divertido e acessível.
Além de vinhos, Boisset investe em destilados, como gin e vodka, e recentemente lançou uma tequila em parceria com a família Beckmann. Ele também explora a categoria de vinhos de baixo teor alcoólico, buscando alternativas que atendam às novas demandas do consumidor.
Boisset enfatiza que a crise no setor é, em parte, resultado de uma percepção negativa do vinho como algo elitista. Ele defende que a comunicação deve ser mais leve e inclusiva, permitindo que mais pessoas se conectem com o universo do vinho.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.