13 de mar 2025
Temporal em São Paulo derruba 330 árvores e deixa 74 mil imóveis sem luz
São Paulo registrou a queda de 330 árvores após forte temporal em 12 de março. A tempestade causou a morte de um taxista e deixou 173 mil imóveis sem energia. Especialistas criticam a falta de manutenção e escolha inadequada de espécies. A cidade recebeu prêmio da ONU por manejo sustentável, contrastando com a tragédia. Problemas históricos na arborização urbana refletem descaso em várias gestões.
Árvore cai sobre carro em Higienópolis (Foto: Arquivo pessoal)
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A Prefeitura de São Paulo registrou a queda de 330 árvores após um forte temporal que atingiu a cidade na tarde de quarta-feira, 12 de março. A Zona Oeste foi a mais afetada, com mais de 74 mil imóveis sem energia elétrica na manhã seguinte, segundo a Enel. No total, 173 mil clientes ficaram sem luz, e a concessionária informou que 65% do serviço foi normalizado. A tempestade resultou na morte do taxista Elton Ferreira de Oliveira, de 43 anos, que foi atingido por uma árvore enquanto transportava passageiros na região central.
Além das perdas humanas, o temporal causou danos significativos à flora urbana. A terceira árvore mais antiga de São Paulo, um chichá bicentenário, caiu no Largo do Arouche. O especialista em botânica Ricardo Cardim destacou que a queda de árvores é um reflexo do descaso histórico da prefeitura com a arborização urbana. Ele também mencionou a presença de espécies inadequadas, como a Ficus benjamina, que têm se proliferado sem fiscalização, contribuindo para a fragilidade das árvores na cidade.
A Defesa Civil emitiu alertas severos para várias regiões, com rajadas de vento superiores a 60 km/h. O Corpo de Bombeiros recebeu 150 chamados relacionados a quedas de árvores e desabamentos. A situação foi crítica em áreas como Pinheiros e Perdizes, onde árvores caíram sobre veículos e fiação elétrica, causando alagamentos e apagões em importantes polos comerciais, como a 25 de Março.
Especialistas apontam que a falta de manutenção e podas inadequadas são fatores que contribuem para a fragilidade das árvores. Cardim e outros biólogos ressaltam a importância de um manejo eficiente e a necessidade de um levantamento detalhado das árvores na cidade. Eles defendem que, embora a remoção de árvores grandes não seja a solução, é essencial garantir sua saúde e segurança por meio de cuidados adequados.
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