Brasileiros em Mianmar estão seguros após terremoto devastador de magnitude 7,7

O embaixador do Brasil em Mianmar, Gustavo Rocha de Menezes, confirmou que dez brasileiros residentes no país estão seguros após o terremoto de magnitude 7,7 que atingiu a região na última sexta-feira, dia 28. Todos os brasileiros vivem em Yangon, a maior cidade do país, e trabalham em organizações internacionais, ONGs e escolas. As autoridades brasileiras recomendam evitar viagens para as áreas mais afetadas, onde foi declarado estado de emergência, incluindo Sagaing, Mandalai, Bago, Shan oriental, Mayway e a capital Naypyitaw.

O embaixador também informou que não há registros de brasileiros em visita ao Mianmar e não recebeu pedidos de assistência. O número de turistas brasileiros no país tem diminuído nos últimos anos devido ao aumento dos conflitos armados na região. Em 2024, apenas 302 brasileiros visitaram Mianmar, conforme dados do Ministério de Imigração e População.

O terremoto, considerado o desastre natural mais letal da história do país, resultou em mais de 1,7 mil mortes, 3,4 mil feridos e várias pessoas desaparecidas, segundo informações do governo atualizadas até 30 de setembro. Tremores também foram sentidos na Tailândia, que registrou 17 mortes, e na China. Mianmar, sob o controle de uma junta militar desde 2021, enfrenta uma guerra civil e um isolamento internacional, com 40% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, de acordo com o Banco Mundial.

Diante das dificuldades nas operações de resgate, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) emitiu um alerta vermelho, prevendo que os tremores poderiam ter causado mais de 10 mil mortes. A situação no país é crítica, com desafios significativos para a assistência humanitária e a recuperação das áreas afetadas.