Acidentes de motos aumentam e medidas urgentes são necessárias para a segurança

Uma semana após o anúncio de um plano para reduzir acidentes de trânsito no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes assinou um decreto que estabelece um choque de ordem nas praias da cidade. As novas regras proíbem música, garrafas de vidro e faixas de identificação de barracas na areia, além de medidas para limitar a velocidade das motocicletas e criar corredores exclusivos.

O vereador Flávio Valle (PSD) destacou em audiência pública que as praias cariocas movimentam R$ 4 bilhões por ano e empregam 35 mil trabalhadores. O secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, sinalizou que o decreto pode abrir espaço para negociações com barraqueiros e quiosqueiros. A ideia é criar um ambiente mais organizado, onde ambulantes e instrutores possam se cadastrar digitalmente, e barracas tenham identificação.

Os dados sobre acidentes de trânsito são alarmantes. Em 2022, 12.900 pessoas ficaram feridas e 723 morreram em acidentes nas vias públicas do Rio, o maior número em 16 anos, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ). Em 2024, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 20.618 atendimentos relacionados a acidentes com motocicletas, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.

Medidas para Reduzir Acidentes

Para enfrentar essa situação, a velocidade máxima para motos será limitada a 60 km/h em áreas específicas, como as avenidas Presidente Vargas e Brasil. Além disso, está prevista a implementação de 200 quilômetros de corredores exclusivos para motocicletas até 2028 e 50 km de ciclofaixas até dezembro deste ano. Um acordo com aplicativos de entrega, como iFood e 99, permitirá a troca de informações com a prefeitura para punir infratores e educar motoristas.

O aumento das mortes no trânsito é uma preocupação crescente. Em 2023, o Atlas da Violência revelou que acidentes terrestres mataram 34.881 pessoas, quase tão alarmante quanto os 45.747 homicídios registrados no país. O crescimento da frota de motocicletas no Brasil, que saltou de 6,8 milhões para quase 35 milhões em duas décadas, é um dos fatores que contribuem para essa tragédia.

As novas medidas visam não apenas a segurança no trânsito, mas também a preservação da vida de jovens adultos, que representam a maioria das vítimas. O Rio de Janeiro enfrenta um desafio significativo, e a urgência das ações é fundamental para evitar que a situação se agrave ainda mais.