28 de mai 2025

Mototaxista morre em Duque de Caxias após ser atingido por linha chilena
Mototaxista morre após ser atingido por linha chilena, evidenciando o uso ilegal persistente desse material no Rio de Janeiro.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Mototaxista morre em Duque de Caxias após ser atingido por linha chilena
Ouvir a notícia
Mototaxista morre em Duque de Caxias após ser atingido por linha chilena - Mototaxista morre em Duque de Caxias após ser atingido por linha chilena
Auriel Missael Henriques, um mototaxista de 41 anos, faleceu após ser atingido por uma linha chilena enquanto pilotava sua moto na tarde de terça-feira, 23 de maio, na Linha Vermelha, em Duque de Caxias. Ele estava acompanhado da esposa e transportava um pote de açaí para a filha, que reside em Nova Iguaçu. O acidente evidencia a continuidade do uso ilegal dessas linhas cortantes, mesmo com a proibição vigente desde 2019.
O impacto da linha, quase invisível, causou um corte profundo no pescoço de Auriel. Ele foi socorrido por um motorista que passava, mas não sobreviveu aos ferimentos, chegando sem vida ao Hospital Geral de Nova Iguaçu. O óbito foi confirmado às 17h53. Auriel, que trabalhava como mototaxista e cozinheiro, deixa três filhos.
Denúncias em Alta
Nos primeiros cinco meses de 2025, o programa Linha Verde, do Disque Denúncia, registrou 366 denúncias sobre o uso de cerol e linha chilena no estado do Rio de Janeiro. Apesar da proibição, esse número representa uma queda de 33% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 549 denúncias. A capital fluminense lidera as ocorrências, com 271 denúncias.
O bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio, é o mais afetado, com 212 ocorrências nos últimos dois anos. Nova Iguaçu ocupa a segunda posição entre os municípios com maior índice de denúncias. A legislação estadual prevê multas que variam de R$ 426 a R$ 4.260, além de penalidades para quem for flagrado utilizando ou comercializando esses materiais.
Ação das Autoridades
Desde a implementação da Lei nº 8.478, em julho de 2019, a fabricação, venda e uso de cerol e linha chilena são proibidos no estado. A Guarda Municipal e a Polícia Civil realizam ações para combater essa prática, investigando tanto usuários quanto fabricantes clandestinos. O objetivo é responsabilizar todos os envolvidos na cadeia criminosa.
A tragédia envolvendo Auriel Missael Henriques ressalta a urgência de um combate mais eficaz ao uso de linhas cortantes, que continuam a representar um risco significativo à vida de motociclistas e pedestres.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.