27 de jan 2025
Pastor é denunciado por estelionato após prometer curas milagrosas a fiéis
O pastor David Tonelli Mainarte foi denunciado por estelionato em Dourados (MS). Ele prometia curas milagrosas em troca de compensações financeiras a fiéis. A denúncia surgiu após uma mulher pagar R$ 1.680,00 por um tratamento sem resultados. Mainarte alegou que a falta de cura se deu pela ausência da vítima em orações. A Promotoria pediu ressarcimento e destacou agravantes pelo uso de argumentos religiosos.
Pastor David Tonelli Mainarte, em um vídeo de suas curas em igrejas evangélicas (Foto: YouTube/Reprodução)
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O Ministério Público de Dourados (MS) denunciou o pastor evangélico David Tonelli Mainarte por estelionato, após prometer curas milagrosas a fiéis em troca de compensações financeiras. Segundo a denúncia, ele alegava ter poderes sobrenaturais capazes de realizar curas como fazer dentes nascerem e restaurar a visão. O caso veio à tona quando uma mulher, que conheceu Mainarte por meio de um grupo no Facebook, registrou um boletim de ocorrência.
A mulher, que possui uma cicatriz na perna, pagou R$ 1.680 ao pastor para que ele viajasse de São Paulo a Dourados para realizar sessões de tratamento. Mainarte justificou o valor como despesas de viagem, alimentação e hospedagem. Após não obter os resultados prometidos, a mulher tentou contatá-lo, mas ele não respondeu, levando-a a denunciá-lo à polícia em maio de 2016.
Mainarte, que reside em Bebedouro, interior de São Paulo, foi interrogado pela polícia apenas em agosto de 2024. Durante o depoimento, ele alegou que a cura não ocorreu porque a mulher não compareceu ao terceiro dia de orações, essencial para o milagre. O crime de estelionato pode resultar em pena de até cinco anos, e a Promotoria indicou agravantes devido ao uso de argumentos religiosos.
Além da pena, a Promotoria solicitou que Mainarte ressarça a vítima pelo valor pago. Em suas redes sociais, há vídeos de mais de dez anos onde ele aparece em cultos realizando as curas. A denúncia foi apresentada à Justiça no dia 22 e Mainarte será notificado para apresentar defesa e testemunhas, sem ainda ter advogado. Como não possui antecedentes criminais, o Ministério Público pode considerar um acordo de não-persecução penal.
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