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Rio de Janeiro registra aumento alarmante de sequestros forjados em 2024

A Delegacia Antissequestro (DAS) registrou um aumento de sequestros forjados em 2023. Dayverd da Silva, de 22 anos, foi preso após simular seu sequestro por R$ 40 mil. O caso de Silva é um dos 11 registros de sequestros simulados em 2023. O fenômeno reflete o crescimento de crimes virtuais e apostas online no Brasil. Investigadores da DAS seguem protocolos rigorosos, mesmo em casos falsos, garantindo alta taxa de resolução.

Gabriela dos Santos Silva, 28 anos, e Aldo Homem, de 62 anos: casal preso por simular sequestro da mulher. (Foto: Reprodução)

Gabriela dos Santos Silva, 28 anos, e Aldo Homem, de 62 anos: casal preso por simular sequestro da mulher. (Foto: Reprodução)

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No dia 15 de janeiro de 2024, a família de Dayverd da Silva, de 22 anos, recebeu uma mensagem anônima via Facebook informando que ele havia sido sequestrado e exigindo um resgate de R$ 100 mil. A mensagem incluía uma chave Pix e uma foto de Silva amarrado. A família procurou a Delegacia Antissequestro (DAS), que iniciou as investigações. No dia seguinte, os sequestradores reduziram o valor do resgate para R$ 2 mil, quantia que a família conseguiu transferir. Silva foi encontrado no mesmo dia, com ferimentos, e revelou que havia forjado o sequestro para recuperar R$ 40 mil que perdeu em apostas online.

Durante o depoimento, Silva admitiu que contratou um vizinho por R$ 100 para agredi-lo e dar credibilidade à farsa. Após a revelação, ele foi preso e denunciado pelo Ministério Público por estelionato, aceitando um acordo de não persecução penal. A DAS registrou um aumento significativo de casos semelhantes, com 11 sequestros forjados solucionados em 2023, superando o total de sequestros reais no estado do Rio de Janeiro nos últimos cinco anos, que foi de apenas dez casos.

O presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Renato Sérgio de Lima, atribuiu o aumento de sequestros simulados à ascensão dos crimes patrimoniais virtuais e ao endividamento da população devido a apostas online. Ele destacou que esses crimes são frequentemente cometidos no ambiente digital, onde os autores não se sentem culpados. Além disso, os envolvidos em sequestros forjados podem enfrentar penas reais, com alguns casos podendo resultar em até 20 anos de prisão.

Outros casos semelhantes foram registrados, como o de Stephany Cristini de Medeiros Coelho, de 22 anos, que também simulou um sequestro para obter dinheiro para quitar dívidas de apostas. A DAS continua a investigar esses crimes, que, apesar de serem falsos, geram um grande trabalho investigativo e riscos reais para os policiais envolvidos. O delegado William Pena afirmou que a confiança da população no trabalho da DAS tem contribuído para o aumento das notificações e a taxa de resolução de casos, que alcançou 100% em 2024.

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