19 de mar 2025
Celulares são roubados ou furtados no Rio a cada oito minutos, revela levantamento
O Rio de Janeiro registrou aumento de 39% nos roubos de celular em janeiro. A polícia desmantelou central de desbloqueio no Morro do Fallet Fogueteiro. Foram apreendidos 200 celulares e cinco toneladas de maconha na operação. Patrick Fontes Souza da Silva, chefe da quadrilha, possui histórico criminal extenso. Especialistas pedem políticas eficazes para combater a criminalidade e recuperar aparelhos.
Aparelhos celulares recuperados pela polícia em central de desbloqueio no Fallet-Fogueteiro (Foto: Jéssica Marques / Agência O Globo)
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Em janeiro de 2025, o estado do Rio de Janeiro registrou 2.088 casos de roubo de celulares, um aumento de 39% em comparação ao mesmo mês de 2024, conforme dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Os furtos de aparelhos também atingiram um recorde histórico, com 3.620 ocorrências, representando um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. No total, foram 5.708 casos de roubos e furtos, o que equivale a um registro a cada oito minutos.
A área com o maior número de ocorrências em 2024 foi a da 5ª DP (Mem de Sá), com 3.480 registros, seguida pela 18ª DP (Praça da Bandeira) e a 16ª DP (Barra da Tijuca). Uma operação policial em dezembro revelou uma central clandestina de desbloqueio de celulares no Morro do Fallet-Fogueteiro, onde foram apreendidos 200 aparelhos roubados e cinco toneladas de maconha. O responsável, Patrick Fontes Souza da Silva, de 31 anos, foi preso e tinha um histórico criminal extenso.
Os criminosos não apenas desbloqueavam celulares para revenda, mas também acessavam contas bancárias das vítimas para realizar transferências. A investigação indicou que o grupo utilizava técnicas avançadas de desbloqueio, aprendidas na deep web, para modificar IMEIs e contornar as barreiras de segurança dos dispositivos. A Polícia Civil do Rio informou que não possui dados específicos sobre a devolução de celulares, mas realiza investigações e recuperações regularmente.
Especialistas em segurança pública destacam a importância de pesquisas de vitimização para entender a subnotificação de crimes, especialmente em relação a roubos e furtos de celulares. A falta de confiança nas autoridades para a recuperação de aparelhos contribui para que muitos crimes não sejam registrados. A necessidade de uma política estruturada para desarticular redes de receptação e desbloqueio é enfatizada, visando aumentar a eficácia das operações policiais e a confiança da população nas instituições de segurança.
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