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Empresário brasileiro é acusado de lavar R$ 2 bilhões do tráfico internacional de drogas

Willian Barile Agati, conhecido como "Boxeador", se entregou à polícia em janeiro. Ele é acusado de lavar até R$ 2 bilhões do tráfico de cocaína entre 2017 e 2024. Agati liderava uma organização criminosa com operações em vários países, incluindo EUA. Investigações ligam o empresário ao Cruzeiro Esporte Clube e a assassinatos de traficantes. A defesa contesta as acusações e planeja recorrer da prisão, alegando inocência.

O empresário Willian Barile Agati, preso sob suspeita de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. (Foto: Reprodução)

O empresário Willian Barile Agati, preso sob suspeita de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. (Foto: Reprodução)

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Willian Barile Agati, conhecido como “Boxeador”, entregou-se à polícia em janeiro de 2025, acusado de lavar até R$ 2 bilhões do tráfico de cocaína entre 2017 e 2024. Ele é apontado como líder de uma organização criminosa com conexões no Brasil, Estados Unidos, Europa e Emirados Árabes. As investigações da Polícia Federal (PF) revelaram que Agati utilizava uma complexa rede de empresas-laranja para ocultar os lucros do tráfico, centralizando suas operações no Porto de Paranaguá, no Paraná.

A quadrilha, em conluio com o PCC, enviava toneladas de cocaína disfarçadas em sacas de produtos agrícolas para a Europa, onde eram recebidas pela máfia italiana ‘Ndrangheta. Além das remessas marítimas, parte da droga era transportada em aviões particulares, com indícios de que três aeronaves pertenciam ao grupo. As empresas associadas a Agati incluem a Better Filters, a Burj Motors e a FI1RST, além da Agrooil, com sede em Dubai, que não apresenta informações claras sobre suas atividades.

As investigações também apontam para um envolvimento do Cruzeiro Esporte Clube, que recebeu mais de R$ 3 milhões em pagamentos da F1RST em 2021. Parte desse valor foi devolvida a Agati e à Burj Motors no ano seguinte. A PF encontrou indícios de que a organização ordenou o assassinato de quatro traficantes em 2020, relacionados ao roubo de uma carga de cocaína. Agati se entregou à polícia após ser foragido e aguarda julgamento em Tupi Paulista.

A defesa de Agati nega todas as acusações, alegando que ele é um empresário legítimo e de bons antecedentes. O advogado Eduardo Maurício afirma que as denúncias da PF são baseadas em “ilações sem qualquer fundamento” e que Agati se colocou à disposição da Justiça para colaborar. Ele pretende entrar com um habeas corpus para revogar a prisão preventiva, defendendo que todas as transações envolvendo o Cruzeiro seguiram as leis e regulamentos aplicáveis.

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