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MP amplia prazo para Polícia Civil concluir inquérito sobre assassinato de Ryan

O assassinato de Ryan ocorreu em 5 de novembro durante tiroteio em Santos. O Ministério Público prorrogou o inquérito, aguardando perícia da motocicleta. Laudos confirmaram que o tiro que matou Ryan partiu de um policial. A bala pode ter ricocheteado antes de atingir a criança, a 70 metros de distância. Investigações seguem sob segredo de Justiça, com PMs afastados das funções.

Beatriz da Silva Rosa acompanha de cadeira de rodas o cortejo fúnebre do filho, Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, em Santos. (Foto: Maria Isabel Oliveira / O Globo)

Beatriz da Silva Rosa acompanha de cadeira de rodas o cortejo fúnebre do filho, Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, em Santos. (Foto: Maria Isabel Oliveira / O Globo)

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O Ministério Público de São Paulo atendeu ao pedido da Polícia Civil e prorrogou o prazo para a conclusão do inquérito sobre o assassinato do menino Ryan da Silva Andrade Santos, de quatro anos. A decisão foi tomada na última sexta-feira, dia 14, e a Polícia Civil aguarda a finalização da perícia da motocicleta envolvida no crime para elaborar o relatório final. O Código de Processo Penal permite uma extensão de até 30 dias, que pode ser renovada se necessário. Esta é a segunda vez que o MP concede mais tempo desde a morte do menino, ocorrida em 5 de novembro.

Ryan foi atingido por um tiro de uma espingarda Benelli M3, calibre 12, durante uma troca de tiros entre a Polícia Militar e dois criminosos no Morro de São Bento, em Santos. Um dos criminosos, Gregory Ribeiro Vasconcelos, de 17 anos, também foi morto. A arma estava sob a posse do PM Clovis Damasceno de Carvalho Junior. A PM admitiu que, pela dinâmica do tiroteio, era possível que o tiro que matou Ryan tivesse partido de um policial, mas a confirmação dependia do laudo balístico.

Os laudos necroscópico e balístico foram concluídos, confirmando que o projétil que atingiu Ryan veio da arma de um PM. A investigação sugere que os policiais, ao revidarem os disparos, podem ter atingido o chão, fazendo a bala ricochetear e atingir o menino, que estava a cerca de 70 metros de distância. O investigador destacou que a arma utilizada não possui ranhuras, o que indica que o projétil atingiu algo duro antes de atingir a criança.

A Polícia Civil não realizará a reconstituição do crime devido à inviabilidade do local, que já foi palco de incidentes violentos no passado. As investigações continuam sob segredo de Justiça, conduzidas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, enquanto a Polícia Militar apura as mortes por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM). Os agentes envolvidos permanecem afastados das atividades operacionais.

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